Casos de dengue ultrapassaram 9.640, em 2019

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CUIABÁ – Em 2019, o estado do Mato Grosso teve 9.645 casos suspeitos de dengue, 535 de chikungunya e 210 de zika. Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti, o LIRAa, apontou, no ano passado, que 18 municípios mato-grossenses estiveram em risco de surto de dengue, zika e chikungunya. Essas cidades apresentaram Índice de Infestação Predial, IIP, acima de 4%, em 2019, valor considerado elevado para o Ministério da Saúde.

Agora, em 2020, e com a chegada do período chuvoso, os cuidados de prevenção a proliferação do mosquito transmissor devem ser redobrados pela população das cidades para evitar que o estado entre em alerta para epidemias das doenças.

Coordenadora de Vigilância Epidemiológica do estado, Alessandra Moraes, aponta que a maioria dos criadouros, responsáveis pela proliferação do mosquito, está concentrada dentro das casas.

“Há uma cultura na própria população de armazenamento de água em terrenos, ou seja, em caixas d’água baixas, deixando que esse recipiente fique aberto durante todo o dia. Muitos municípios têm essa condição, principalmente nas áreas com menor índice de saneamento, não tem a água chegando encanada. Acabam armazenando em tanques em locais baixos que, muitas vezes, ficam descobertos. Os criadouros de mosquito estão concentrados em 70% das residências”.

A Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso esteve, em 2019, em todas as regiões do estado realizando atualização do manejo clínico tanto de enfermagem quanto do corpo médico. Essas atualizações dos profissionais de saúde são importantes para melhorar a qualidade do diagnóstico e do tratamento das doenças, o quanto antes.

Foram executados treinamentos de entomologia e treinamentos para os agentes comunitários dos municípios durante todo o ano. O secretário realizou conversas com os gestores para montar a vigilância e as ações de combate aos criadouros, realizando limpezas nos municípios.

Foram atualizados também os planos de contingência, deixando-os mais enxutos e resolutivos para um cenário de surto dessas doenças. Atualmente, 141 municípios, de todas as regiões, e o estado, têm planos de contingências.

A vendedora, Jaqueline Rosa, teve dengue. Segundo ela, foram 5 dias de grande agonia e sofrimentos, como falta de apetite, por exemplo.
Nesse período, ela perdeu peso, sofreu com dores nas articulações, na cabeça, atrás dos olhos, teve ânsias de vômitos, entre outros males. Ela conta, que apesar de manter seu quintal limpo, a falta de cuidados com a limpeza nos terrenos vizinhos, contribuiu para a proliferação do mosquito transmissor das doenças no bairro onde mora.

“Lá de casa não era, porque o nosso quintal era grande, mas era muito limpo, nosso quintal era muito limpinho. A gente sempre tinha essa preocupação, mas como é um mosquito, provavelmente veio de algum vizinho. Nossa rua também era asfaltada, limpa, acho que não tinha muito perigo. Os vizinhos do lado mais próximo aparentemente cuidavam do quintal, mas atrás de casa tinha um terreno baldio, então provavelmente foi dali”.

A população é protagonista no processo de cuidados e combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Todos precisam se envolver. A sociedade tem a responsabilidade de fazer a limpeza de seus terrenos, cuidar de suas casas, manter seus tanques fechados e limpos para diminuir o número de criadouros. A secretaria disponibiliza o e-mail [email protected] para sugestões e solicitação de informações.

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.