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CURIOSIDADE DO DIA – Por que o nazismo é proibido na Alemanha e em outros países

As declarações feitas pelo ex-apresentador do Flow Podcast, Bruno Aiub, mais conhecido pelo nome Monark, durante a edição do programa de entrevistas nesta segunda-feira (07).

A linha de raciocínio era que qualquer tipo de pensamento, mesmo sendo antidemocrático e preconceituoso, tivesse espaço na sociedade sem “discriminação”. Porém, não demorou muito para que instituições como a Confederação Israelita do Brasil (Conib) lançassem notas condenando as opiniões emitidas durante o podcast. Afinal, por que a Alemanha e outros países criminalizaram até hoje os discursos nazistas? Vamos falar mais sobre esse assunto nos próximos parágrafos.

Até onde vai a liberdade de expressão?

(Fonte: Wikimedia Commons)

A dificuldade para diferenciar o que é liberdade de expressão e o que é apenas um discurso de ódio foi um dos motivos pelo qual a Alemanha se tornou responsável por um dos maiores governos genocidas no mundo durante a Ditadura Nazista de Adolf Hitler.

Por isso, proibir o nazismo era mais que uma questão de “calar outras vozes”, mas sim, impedir que os mesmos erros fossem cometidos no período pós-guerra. A experiência do Holocausto havia deixado duras marcas na sociedade alemã e mundial, e as memórias do antissemitismo precisavam não só ser apagadas, mas repudiadas. A ideia é, claro, que algo parecido nunca torne a acontecer.

Logo, a ideia de legalizar a existência de um partido nazista deixa de ser um meio do liberalismo e se torna uma rota para a existência do fascismo.

Reprimindo o passado trágico

(Fonte: Wikimedia Commons)

Quando olhamos para trás, lembramos que Hitler se aproveitou de uma Alemanha com orgulho ferido após a derrota da Primeira Guerra e de uma democracia ainda jovem para atacar as instituições democráticas. Com isso, rapidamente conseguiu tomar controle do Estado e usar seu poder para perseguir e exterminar minorias, como aconteceu com judeus, negros, homossexuais. Vale lembrar que Hitler não só disseminava seus ideais totalitários e antissemitas por meio de palavras: aproximadamente 5 milhões de judeus foram torturados e mortos em nome de seu governo.

A derrota na Segunda Guerra Mundial, entretanto, deu fim à era de terror. O curioso nesse caso, entretanto, é que a Alemanha — onde o nazismo nasceu — decidiu banir legalmente o uso de símbolos, linguagem e propagandas nazistas para sempre, desde 1949. Enquanto isso, manifestações com suásticas e símbolos de supremacia branca são vistas com menos regulamentação nos EUA, que lutaram pela derrocada dos ideais antissemitas na Segunda Guerra Mundial.

Isso significa que, mesmo quase 90 anos depois do surgimento do nazismo, alguns países ainda encontram dificuldades em reprimir o crescimento de movimentos radicais, que ressalta ainda mais a importância do cuidado que precisamos ter para que essa situação não se alastre no futuro.

Investigações em andamento e cenário brasileiro

(Fonte: TV Senado/Reprodução)

Após o episódio do Flow Podcast envolvendo Monark e Kim Kataguiri, que também contava com a presença do também apresentador Igor “3K” e a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) e Kim Kataguiri (Podemos), a Procuradoria Geral da República (PGR) abriu uma investigação sobre um eventual crime de apologia ao nazismo durante o programa.

Em vídeo gravado para suas redes sociais, Monark pediu desculpas para todos que se sentiram ofendidos, disse que errou e afirmou que “estava muito bêbado”. Essa, entretanto, não é a primeira vez na história recente que personalidades públicas estão sendo acusadas de propaganda fascista.

Fonte: MegaCurioso.

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