Hiroo Onoda foi o penúltimo soldado japonês a se render após o fim da Segunda Guerra Mundial. O oficial do Exército Imperial japonês, declarado morto em 1959, passou cerca de 30 anos escondido nas Filipinas.
Em dezembro de 1944 foi enviado à ilha Lubang (Filipinas). Ordenado pelo seu comandante para fazer todo o possível para não ser pego pelos inimigos, ele e outros três soldados permaneceram em resistência. Mesmo recebendo notícias, através de folhetos, de que a guerra havia terminado, eles acreditavam se tratar de uma tática de seus inimigos.
Contudo, um dos soldados se rendeu em 1950 e os outros dois foram mortos em confrontos. Em 1972, Onoda ficou sozinho. Dois anos depois, Hiroo se deparou com um viajante japonês e lhe disse que não se renderia até que recebesse a ordem de seu oficial superior. Portanto, o governo japonês localizou seu comandante e o enviou a Lubang. Em março de 1974 Hiroo finalmente se rendeu, depondo sua espada e seu rifle que ainda estava em perfeito estado.
Onoda voltou ao Japão e foi recebido como um herói. Foi o último dos oficiais japoneses encontrados ainda em serviço. Entretanto, ele foi o penúltimo soldado a se render. O soldado Teruo Nakamura foi encontrado na ilha de Morotai (Indonésia) em dezembro 1974. Embora alistado no Exército Imperial, nasceu em Taiwan e não era oficial. Portanto, não sendo considerado por muitos japoneses.
Onoda não se sentia confortável no Japão moderno e imigrou para o Brasil. Posteriormente, ele voltou ao Japão novamente. Hiroo faleceu em 2014 aos 91 anos.
Fonte: G1; e, El País.
Por Vitória Kehl Araujo, do OPioneiro.