A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,9% no trimestre móvel de outubro a dezembro de 2022, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (28) pelo IBGE. É a menor taxa para o mesmo trimestre de referência desde 2014, quando foi de 6,6%.
Além disso, o IBGE divulgou a taxa média anual de desemprego para o ano de 2022, que foi de 9,3%. É o menor patamar médio anual desde 2015. (veja mais abaixo)
(CORREÇÃO: ao publicar o índice de desemprego, o g1 errou ao informar que o ano de 2022 foi encerrado com 10 milhões de desempregados. Esse valor é referente à taxa média de desempregados para o ano. A informação foi corrigida às 10h04)
No trimestre terminado em dezembro, a taxa de desocupação da população brasileira recuou 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em setembro, quando era de 8,7%. Comparado ao mesmo trimestre de 2021, houve queda de 3,2 pontos percentuais (11,1%).
Comparado aos demais trimestres da pesquisa, esse é o menor valor desde dezembro-janeiro-fevereiro de 2015, quando a taxa foi de 7,5%.
Para o IBGE, são classificadas como desocupadas as pessoas sem trabalho que geram rendimentos para o domicílio nessa semana, que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência.
Veja os destaques da pesquisa.
- Taxa de desocupação: 7,9%
- População desocupada: 8,6 milhões de pessoas
- População ocupada: 99,4 milhões
- População fora da força de trabalho: 65,9 milhões
- População desalentada: 4 milhões
- Empregados com carteira assinada: 36,9 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
- Trabalhadores informais: 38,6 milhões
- Taxa de informalidade: 38,8%
Taxa média de desemprego
A taxa média de desemprego em 2022 foi de 9,3%, o que equivale a 10 milhões de trabalhadores desempregados. Na comparação com 2021, foram 3,9 milhões de desempregados a menos, o que representa uma redução de 27,9% no ano.
“No entanto, o número de pessoas em busca de trabalho está 46,4% mais alto que em 2014, quando o mercado de trabalho tinha o menor contingente de desocupados (6,8 milhões) da série histórica da PNAD Contínua”, destacou o IBGE.
“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
A pesquisadora destacou que, em dois anos, a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 p.p. Todavia, a taxa de desemprego no país ainda se encontra 2,4 p.p. acima do menor nível da série, registrado em 2014, quando ficou em 6,9%.
Confirmando a recuperação em 2022, outros índices também se destacaram. O contingente médio anual da população ocupada cresceu 7,4% em comparação com 2021, um incremento de mais 6,7 milhões de pessoas, chegando a 98 milhões. O nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, após o menor patamar em 2020 (51,2%) e registrou 56,6%, em 2022.