quinta-feira, 28 março, 2024
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Após meses com salários atrasados, médicos do Hospital Municipal de Cuiabá pedem demissão em massa

CUIABÁ – Sem conseguir sustentar mais meses de salários atrasados, ao menos 40 médicos que atuam nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), pediram demissão. Os profissionais da saúde, em sua maioria, trabalham no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e também em Unidades de Pronto Atendimento (Upa).

Foto: Chico Ferreira

De acordo com denúncia recebida, os atrasos chegam há 3 meses. Porém, segundo fonte ouvida pela reportagem, tem médico que não recebe há 5 meses. Com o desleixo, os profissionais da saúde decidiram pedir demissão em massa.

Pelo menos 40 médicos pediram as contas, contudo, outro profissional afirma que este número pode ser maior. Em carta aberta, os médicos denunciam a precariedade do trabalho.

“Nós, médicos no município de Cuiabá, por meio deste documento, externamos profunda indignação e revolta com o descaso demonstrado pelas empresas que prestam serviços médicos nas unidades públicas de saúde da capital, administradas pelo Município e pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública e terceirizadas à HIPERMED e empresas ligas a seu grupo”, começa o desabafo.

Eles relatam ainda a exaustão do trabalho, por estarem na linha de frente contra a covid-19. “Lamentavelmente, somos obrigados a trabalhar sem condições dignas de trabalho e muitas vezes sem os materiais e medicamentos necessários para prestar o melhor atendimento possível à população. Mas fazemos o melhor com que temos à disposição”.

Mesmo com os atrasos – que prejudicam as contas dos trabalhadores como aluguel, energia, água e alimentação – os profissionais cumpriam a carga horária exaustiva. Por sua vez, não enxergam o mesmo compromisso das empresas terceirizadas.

“HIPERMED e seu grupo empresarial, que não demonstram possuir compromisso com a qualidade dos serviços e com os direitos dos médicos. Não estão cumprindo com o básico que é manter os pagamentos dos médicos em dia que não falharam um dia sequer com seu compromisso de trabalhar na garantia do direito à saúde”.

Apesar da demissão em massa, eles vão cumprir aviso prévio. “Comunicamos que não mais desejamos prestar serviços a essas empresas que não demonstram o mesmo compromisso com que executamos nosso trabalho com zelo e dedicação”, finalizam.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. Assim que encaminhada à redação, será acrescentada.

Por Vitória Lopes, GazetaDigital.

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