O tamanho médio de um ser humano variou bastante nos últimos milhões de anos. Segundo um estudo publicado na Nature Commons, no entanto, tudo isso está diretamente relacionado à temperatura do planeta. De acordo com os pesquisadores, climas frios e severos estão dentro da origem evolutiva de corpos maiores.
Ou seja, pessoas mais altas tendem a surgir em áreas mais geladas da Terra, enquanto áreas quentes costumam gerar populações com baixa média de altura. Inclusive, esse seria o principal motivo de pessoas nascidas em países latinos terem estatura menor do que diversos outros países ao redor do mundo. Entenda mais sobre o assunto nos próximos parágrafos!
Evolução do ser humano
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Para chegar a uma conclusão, os pesquisadores responsáveis pelo estudo coletaram medidas corpóreas e de cérebro de mais de 300 fósseis do gênero Homo encontrados em todas as partes do planeta. Embora a nossa espécie, o Homo sapiens, tenha surgido há 300 mil anos na África, o gênero Homo existe há muito mais tempo.
Exemplos disso são os já extintos neandertais e outras espécies, como o Homo habilis e Homo erectus. Combinando dados fósseis com a reconstrução climática de diferentes regiões da Terra no último milhão de anos, foi possível identificar o clima específico que cada uma dessas espécies vivia e comparar com sua média de altura.
Em climas frios, corpos maiores atuavam como um amortecedor de temperatura, visto que massas maiores possuem maior dificuldade em perder calor. Como o frio não é necessariamente uma grande ameaça nas regiões tropicais, a tendência era que mais corpos menores surgissem com o passar do tempo.
Soma de dados
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Estatisticamente falando, em termos atuais é difícil trazer qualquer confirmação de que o clima de um país esteja diretamente relacionado com a altura de seus habitantes. Porém, também é necessário considerar que países com grande extensão territorial não oferecem dados muito concretos devido à diversidade climática dentro de sua região.
Por exemplo, Brasil e Estados Unidos, que são países largos e compridos, apresentarão números que não significam muita coisa. No entanto, se analisarmos a maioria dos países europeus, é possível notar que os homens dessa região — e que enfrentam mais frio na maior parte do ano — tendem a ser mais altos que os homens de regiões quentes como de algumas partes da Ásia, África e América Latina.
Para métodos de comparação, o World Population Review mostra que Holanda (1,82m), Letônia (1,81m) e Alemanha (1,79m) aparecem com as maiores médias de altura para homens, enquanto Indonésia (1,57m), Bolívia (1,59m) e Filipinas (1,61m) aparecem na outra extremidade. Entre mulheres, a diferença é parecida.
Obviamente, é preciso se questionar de outros fatores, como dieta, saúde, riqueza e por aí vai, possuem influência parecida ou superior na média de estatura da população do que as condições climáticas. Mesmo assim, é bastante plausível dizer que as mudanças de temperatura tiveram influência na discrepância de tamanho de humanos ao redor do planeta.
Alterações no DNA
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Em questões de etnia, é importante ressaltar como nossa ancestralidade possui influência em nossas vidas. Um estudo publicado no American Journal of Public Health em 2013, por exemplo, mostrou que a parcela latina da população norte-americana enfrenta um risco de morte 30% menor do que outros grupos raciais.
O motivo? Pesquisadores analisaram 18 conjuntos de dados em amostras de DNA de quase 6 mil indivíduos, dividindo os representantes em sete etnias: dois grupos africanos, afro-americanos, caucasianos, asiáticos orientais, latinos e indígenas tsimane — que vivem na Bolívia.
Em geral, a análise mostrou que o sangue dos latinos e dos tsimane envelhecia mais lentamente do que os demais grupos em questão, algo que ajudaria na neutralização de maiores riscos de saúde. Logo, pode-se imaginar que mudanças no DNA de nossos antepassados — seja por conta de influências climáticas ou não — tenha feito com que cada etnia adquirisse uma média de estatura diferente.
Fonte: MegaCurioso.