CANARANA – Começou nesta quarta-feira, 9 de julho, a tradicional FEICAN, realizada em conjunto com a Festa do Peão de Canarana, reunindo milhares de pessoas no Parque de Exposições Luiz Cancian. A abertura contou com a tradicional cavalgada, programação cultural e o início das montarias em touros.
Foto: Brenda Tietz
Foto: Brenda Tietz
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Durante a primeira noite de rodeio, dois peões precisaram ser socorridos após quedas durante a montaria e serem atingidos pelos touros. Ambos foram rapidamente atendidos pela equipe de socorristas do evento e levados de ambulância até o Hospital Municipal. Apesar do susto, os dois foram liberados ainda na noite de ontem, sem ferimentos graves, o que traz alívio ao público presente.
Foto: Imagem Ilustrativa
O evento também contou com a presença de autoridades estaduais e federais, entre elas o deputado federal e atual chefe da Casa Civil do Governo do Estado de Mato Grosso, Fábio Garcia, além dos deputados estaduais Nininho e Doutor Eugênio, que prestigiaram a abertura oficial da feira e reforçaram o apoio às demandas da região.
Canarana reafirma liderança no gergelim e se posiciona como referência em culturas alternativas durante o 2º Pulse Day
A FEICAN segue com uma extensa programação até domingo (13), incluindo exposição comercial, competições de rodeio e apresentações musicais. Nesta quinta-feira (10), o destaque é o show da cantora nacional Ana Castela, um dos nomes mais aguardados do evento.
A entrada para a FEICAN é totalmente gratuita em todas as noites, o que tem contribuído para o grande público presente desde a abertura.
CANARANA – O município sediou na terça-feira, 8 de julho, o 2º Pulse Day Araguaia, evento que reuniu produtores, especialistas, empresas e representantes de entidades do setor agrícola para discutir os avanços, desafios e oportunidades no mercado de pulses — grupo de culturas que inclui gergelim, feijões especiais, grão-de-bico, painço, entre outros, também conhecidos como culturas alternativas.
Promovido pelo IBRAFE (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses), o evento aconteceu em parceria com instituições e entidades representativas do setor, como ADAC (Associação dos Amigos de Canarana), Sindicato Rural de Canarana, IFMT Canarana, Aprosoja-MT, Famato, SENAR-MT e o Polo de Irrigação Araguaia Xingu.
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Gergelim: liderança mundial em meio a desafios
Um dos principais destaques foi a fala de Marcelo Lüders, presidente do IBRAFE, que abordou a atual conjuntura do mercado do gergelim — cultura que transformou Canarana na maior produtora mundial, além de ser o município que mais recebe gergelim para beneficiamento em todo o Brasil.
Lüders destacou que, apesar da consolidação da cultura, o momento atual é de retração nos preços, impactando diretamente os produtores e empresas. A causa principal, segundo ele, é o excesso de estoque mundial, especialmente na China, aliado ao encarecimento do crédito agrícola em diversos países. “Estamos passando por uma fase difícil, mas a tendência é de reversão nos próximos ciclos”, disse Marcelo em entrevista durante o evento.
Canarana sediará a 2ª edição do Pulse Day Araguaia no dia 8 de julho
Além da queda nos preços, há relatos de que algumas empresas locais não estão cumprindo contratos ou valores firmados anteriormente, o que gera insegurança e prejuízos para a cadeia produtiva.
China e o futuro da exportação brasileira
Durante o evento, Marcelo Lüders confirmou que o mercado chinês já está oficialmente aberto para o gergelim brasileiro, mas apenas duas empresas estão com o processo finalizado para iniciar as exportações — uma delas é a Arbaza, sediada em Canarana. Mais de 30 empresas brasileiras aguardam autorização, o que, segundo ele, deve destravar o mercado e impulsionar a valorização do produto em breve.
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Novas oportunidades com outros pulses
Outro ponto levantado por Lüders é o potencial de crescimento de outras culturas do grupo dos pulses. Ele afirmou que o aumento do consumo global — especialmente na China e em outros países asiáticos — já está despertando o interesse de compradores internacionais por grãos como feijão mungo, grão-de-bico e painço.
Nesse cenário, Canarana desponta como o município mais preparado do Brasil para atender essa nova demanda, tanto pela estrutura existente quanto pela cultura empreendedora dos produtores locais. A expertise no gergelim, os investimentos em tecnologia e a presença de grandes players tornam a região apta a liderar também no cultivo e comercialização de outras culturas especiais.
O Pulse Day Araguaia reforçou o protagonismo de Canarana no agronegócio nacional e internacional. Mesmo diante de desafios conjunturais, o evento deixou clara a capacidade da região em inovar, diversificar e continuar liderando um mercado estratégico e promissor.
Uma ação investigativa realizada pela Polícia Civil culminou na prisão de quatro pessoas e na apreensão de drogas e munições, em Ribeirão Cascalheira, nessa segunda-feira (7.7). O material estava armazenado em caixas e sacolas plásticas em um conjunto de quitinetes, na região urbana do município.
A investigação foi desencadeada após um furto ocorrido no dia anterior. Com base em informações coletadas preliminarmente, a polícia iniciou as diligências na tentativa de localizar e prender o suspeito. A equipe conseguiu localizar esposa do suspeito, que autorizou o acesso à residência para ser vistoriada. No local, os policiais encontraram alguns objetos (vasilhas), que foram identificados pela vítima do furto como suas.
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A mulher foi conduzida até a delegacia para prestar esclarecimentos e relatou que os objetos furtados estavam com uma mulher conhecida por “medusa”, considerada como uma das lideranças criminosas na cidade.
Por meio de monitoramento, os policiais procederam nova abordagem, desta vez, na casa da “medusa”, onde encontraram um molho de chaves que franqueava o acesso à quitinete, cuja informação levantada, era usada pela suspeita como local de armazenamento de ilícitos.
No local, os policiais apreenderam uma caixa com considerada porção de drogas, além de R$ 406 reais em espécie, uma balança de precisão, quatro cartuchos deflagrados de munição calibre 36, 37 unidades de munições calibre .380. “Medusa” e um outro homem foram detidos.
Criança envia áudio pedindo socorro após presenciar agressão contra mãe em Espigão do Leste; ouça
Ainda durante as buscas, os policiais receberam a informação de que em uma casa na mesma rua havia uma boca de fumo. Ao se dirigirem até o local, os policiais conseguiram abrir a porta da frente com uma das chaves encontradas na casa da suspeita “medusa”. Em seu interior, foram encontradas outras sacolas idênticas às apreendidas na quitinete, contendo, inclusive, a mesma substância apreendida lá, indicando serem maconha e crack, que seriam produtos de comércio de entorpecentes na região. Um homem foi detido.
Diante dos fatos, todos os envolvidos nas abordagens foram presos e conduzidos até a delegacia para as devidas providências legais. Dentre os crimes apontados na investigação estão receptação, tráfico de drogas e posse ilegal de munição.
Uma mulher de 30 anos foi vítima de agressão na tarde do último domingo (6), no distrito de Espigão do Leste, município de São Félix do Araguaia. O suspeito é o ex-companheiro da vítima, que teria desferido um golpe com capacete na cabeça dela, em frente a testemunhas e ao filho dela, de 7 anos.
De acordo com informações, a mulher já teria medida protetiva contra o suspeito. Apesar disso, ele foi até residência da ex-companheira por volta das 16h, pilotando uma motocicleta e, segundo a vítima, em visível estado de embriaguez.
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O homem não teria feito qualquer ameaça verbal antes do ataque. A agressão ocorreu dentro da casa da vítima, que estava acompanhada de amigas. Após o ocorrido, o autor fugiu do local.
O filho a mulher foi o responsável por pedir ajuda. A criança utilizou o celular da mãe para enviar mensagens de voz a grupos de moradores da comunidade. Os áudios, com pedidos de socorro, circularam rapidamente pelas redes sociais e motivaram o acionamento da Polícia Militar.
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Uma equipe foi enviada até o endereço, onde encontrou apenas a vítima e o menino. Buscas foram realizadas nas proximidades, mas o suspeito não foi localizado.
A ocorrência foi registrada como lesão corporal, com agravantes relacionados à violência doméstica e ao descumprimento de medida protetiva. O caso seguiu para a Polícia Civil.
Após 12 anos de sofrimento, espera e muito estudo, o garotinho que viu o pai ser assassinado a tiros cresceu, se formou em Direito e ajudou a condenar a dupla responsável pelo crime. No último dia 10 de junho, o advogado Geraldo Xavier de Faria Júnior, de 24 anos, atuou como assistente da acusação no júri popular dos assassinos de seu pai.
Os réus Valdete Xavier de Faria, primo da vítima, e Luzirene Ribeiro Miranda, esposa de Valdete, foram condenados a 16 anos, sete meses e 15 dias de reclusão cada um, pelo homicídio qualificado de Geraldo Xavier de Faria.
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O crime aconteceu em 26 de março de 2013, no município de Alto Boa Vista (MT). Geraldo Júnior tinha apenas 12 anos à época, quando presenciou o pai ser morto por uma dívida que sequer era dele.
“Não que seja pouco esses 16 anos, mesmo se tivessem pegado 200 anos, ainda não seria o bastante, porque meu pai nunca vai voltar”, diz.
Diante de seus olhos
Valdete e Luzirene chegaram à casa da família já com uma atitude suspeita, por volta das 9h30 da manhã daquele 26 de março, uma terça-feira. “Deixaram o carro virado para frente, posicionado para irem embora e a porteira aberta, bem aberta”, recorda o advogado.
Geraldo, que havia descongelado uma peça de carne para receber o primo, levou a mão para cumprimentá-lo e foi ignorado. “Ele não quis cumprimentar meu pai, disse que não tinha vindo como amigo”, recorda. Valdete sequer se sentou para conversar.
“Meu pai sentou e começaram a conversar. Foi quando eu percebi que ele [Valdete] estava armado. Eu tinha 12 anos, nunca tinha visto uma arma. Como defesa, sentei no colo do meu pai e pensei: ‘Ele não vai atirar em mim comigo no colo dele e nele também não’”, diz.
O advogado lembra que, em certo momento, desceu e ficou atrás da cadeira, abraçado no pescoço do pai. “Eu não lembro direito, sei que fui pegar alguma coisa pra minha mãe, que estava do lado, e ele tirou o revólver e atirou no meu pai”.
O menino tentou correr para pedir ajuda, mas foi impedido por Luzirene, que o segurou pelos braços. Enquanto isso, a mãe do advogado, Neiva Maria de Faria, se agarrou ao atirador para impedir que ele seguisse disparando contra o marido.
Foi apenas um tiro na perna, o bastante para matar Geraldo. “Pegou na veia femoral e ele perdeu muito sangue”, relata. Mesmo ferido, seu pai correu cerca de 60 metros até cair sem vida.
Dívida alheia
Tudo começou com um processo de desintrusão de terras indígenas no município, onde Geraldo tinha mais de 100 alqueires – aproximadamente 484 hectares. Valdete comprou cerca de 30 alqueires na mesma região, ao lado das terras do primo.
Com os primeiros rumores de que as terras seriam entregues aos povos indígenas, Geraldo colocou as suas à venda. Valdete pediu ao primo para vender as dele também.
Houve apenas um comprador para as propriedades, que, depois que as terras foram entregues, decidiu não pagar mais por elas, pois também havia perdido o negócio. “Meu pai aceitou, já que ambos haviam perdido. Só que o cara [primo] não aceitou e queria receber pela propriedade”, diz Geraldo.
A briga começou inicialmente entre o comprador e Valdete. Geraldo Júnior conta que o pai gostava muito do primo e tentou conciliar a situação, ao fim sendo culpado por ele de ter relação com a perda. “Ele começou a colocar a culpa no meu pai, não sei porquê, e a fazer ameaças”.
Geraldo se propôs a pagar pelas terras do primo e quitou uma parte do valor acordado. “Só que meu pai também perdeu tudo que tinha e chegou um momento em que não conseguiu mais. Ele morreu tentando pagar uma dívida que nem era dele”.
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Faltavam apenas R$ 30 mil do montante, e Geraldo já havia negociado cabeças de gado para quitar o valor. “Se tivesse chegado 20 minutos depois, teria saído com o dinheiro no bolso, porque o gado e o comprador chegaram logo depois. Meu pai já estava morto no pasto”.
Sinal divino
Geraldo Júnior diz ouvir até hoje sobre o pai. “Era uma pessoa boa demais, muito conhecida na cidade, tanto que hoje tem uma rua com seu nome. Gostava de política e, quando chegava nos comícios, era aplaudido talvez mais do que os próprios candidatos”.
Direito era, na verdade, um sonho dele, que Geraldo Júnior seguiu para fazer justiça ao pai. “Foi passando o tempo, eu entrei na faculdade em 2019 e eles continuavam soltos”.
O jovem sentia mágoa por o pai não estar presente em sua formatura, mas foi nesse momento que ele diz ter sentido uma manifestação divina. A colação foi marcada para o mesmo dia em que seu pai morreu: 26 de março, também numa terça-feira.
“Acredito que foi uma manifestação de que o meu pai estava ali, sim, comigo. Talvez não em vida, mas, como diz [o filósofo] Mário Cortella, as pessoas só morrem quando são esquecidas, e o meu pai sempre ficou vivo no meu coração. Ninguém nunca se esqueceu dele”.
Não foi fácil crescer sem o pai, mas, segundo Geraldo Júnior, a mãe batalhou muito para criá-lo. E foi no depoimento dela que ele mais se emocionou. “Ela falou antes da minha sustentação oral. Pensei que não conseguiria falar, porque chorei demais com o depoimento dela. Vi o tanto que ela sofreu e me criou de forma brilhante”, afirma.
“A minha mãe nunca quis vingança, assim como eu também não. Mas a gente não deixa de ficar feliz com a condenação. Não vai mudar todo o mal que fizeram, mas esquenta o coração ver que não ficou impune”.
Esse foi o primeiro caso em que Geraldo Júnior atuou como assistente de acusação. “Acredito que o Tribunal do Júri ou qualquer outra audiência agora ficou fácil, porque a mais difícil da minha vida foi a primeira”.
“Acredito que se não fosse a minha sustentação e todos os detalhes que só quem viveu poderia saber, talvez não tivesse acontecido essa condenação. Mesmo que eu fosse o advogado menos experiente”.
Ele já tinha perdido as esperanças de condenar a dupla, mas hoje acredita que “o que se faz nessa vida aqui mesmo se paga”.
“Espero que ele tenha orgulho de tudo que aconteceu, de tudo que fiz para que a Justiça fosse feita, para que a morte dele não seja esquecida. Queria que ele estivesse lá na plateia me assistindo, mas acredito que ele assistiu lá de cima e tem muito orgulho”.
“Experiência única”
O promotor de Justiça Substituto, Thiago Matheus Tortelli, que atuou no julgamento, classificou como “única” a experiência e acredita que “dificilmente se repetirá nos tribunais deste país”.
“Doze anos após o crime, o filho da vítima, hoje advogado, retorna ao Tribunal não como testemunha, mas sim assistente de acusação, atuando ao lado do Ministério Público em busca da condenação. Foi exemplar! Geraldo Xavier de Faria Júnior foi irretocável, técnico e firme, ao mesmo tempo em que emocionou a todos com sua narrativa em primeira pessoa”, diz o membro do Ministério Público Estadual.
Segundo o promotor, Geraldo Júnior contribuiu de forma significativa para o julgamento. “Esse ato de coragem demonstrou o mais alto nível de compromisso com a Justiça, reforçando a missão institucional de defesa da vida do Ministério Público do Estado de Mato Grosso”, completa.
Geraldo Júnior cresceu em Alto Boa Vista (MT) com a mãe e se mudou para Goiás quando passou no curso de Direito. Apesar de ainda morar no Estado vizinho, atua em causas em Mato Grosso.
O vereador de Água Boa (MT) Rodrigo Rosa Fidelis (União), de 33 anos, que se envolveu em uma confusão durante o show da dupla sertaneja Hugo e Guilherme, na sexta-feira (4), é formado em odontologia e ingressou na vida política em 2024. Ele foi denunciado por lesão corporal após, supostamente, ter incentivado os amigos a agredirem um homem durante a feira agropecuária.
Rodrigo é natural de Quirinópolis (GO) e se mudou para Mato Grosso em 2001. Ele cursou odontologia em Barra do Garças, a 516 km da capital, onde se formou em 2020 e passou a atuar como cirurgião dentista.
Rodrigo Rosa Fidelis, vereador de Água Boa (MT) — Foto: Câmara Municipal de Água Boa
Em 2024, Rodrigo se candidatou a vereador por Água Boa e foi eleito 526 votos (3,52%). Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou patrimônio de R$ 10 mil, depositado em uma conta corrente.
Envolvimento em briga
Um vídeo gravado na última sexta mostra um amigo do vereador e outro homem trocando agressões na feira, até que um terceiro suspeito, também amigo do parlamentar, dá um soco na cabeça da vítima por trás (assista acima). Os suspeitos foram identificados como João Santini Filho e Rodrigo Saibit. Já o vereador não aparece nas imagens, apesar da denúncia.
Confusão em show de Água Boa termina com agressão e denúncia contra vereador e outros 2
O g1 entrou em contato com a Câmara Municipal de Água Boa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem, e tenta localizar a defesa dos demais envolvidos na confusão.
Segundo o boletim de ocorrência, os amigos do vereador atacaram a vítima “sem motivos”, agredindo-a com socos e chutes. A vítima disse que, ao tentar se defender, foi golpeada por trás com um soco na nuca, caindo e perdendo a consciência.
Os crimes contra a vida apresentaram uma redução significativa nos primeiros seis meses deste ano, na comparação com o mesmo período dos últimos dez anos, segundo análise da série histórica semestral realizada pela Superintendência do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Segundo o levantamento dos chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), o número de homicídios dolosos caiu 41% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2015, passando de 557 para 327 ocorrências. Quando comparado com o primeiro semestre de 2019, a redução foi de 393 para 327 casos, uma queda de cerca de 17%.
Foto: Christiano Antonucci – Secom – MT
Os registros de latrocínio (roubo seguido de morte) também caíram na série histórica. Houve redução de 79%, com 24 ocorrências no primeiro semestre de 2015, contra cinco no mesmo período deste ano. Já em relação a 2019, o número passou de 29 para cinco registros, o que representa uma queda de 83%.
A lesão corporal seguida de morte apresentou queda percentual de 87%. Foram 15 casos registrados nos seis primeiros meses de 2015, contra apenas dois em 2025. Em comparação ao mesmo período de 2019, quando foram registrados sete casos, a redução foi de 60%.
O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, avalia que a redução dos indicadores criminais é resultado dos investimentos realizados pelo Governo do Estado e do trabalho permanente das forças de segurança no enfrentamento às facções criminosas, como parte do programa Tolerância Zero.
Mauro Mendes atribui aumento da violência à cultura de impunidade no Brasil
“Os indicadores de crimes violentos demonstram que as forças de segurança, graças aos investimentos feitos pela gestão do governador Mauro Mendes, têm atuado de forma permanente no combate às facções criminosas, por meio de ações ostensivas e repressivas da Polícia Militar, além de investigações qualificadas da Polícia Civil. Não podemos esquecer que o Brasil enfrenta um grave problema relacionado aos homicídios gerados por conflitos entre facções criminosas. Mesmo diante desse cenário nacional, Mato Grosso apresenta queda nos índices de crimes violentos com a política de Tolerância Zero às facções criminosas”, afirmou.
Já a delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, reforçou que a instituição tem desarticulado os grupos criminosos por meio de investigações.
“A diminuição dos Crimes Violentos Letais Intencionais em Mato Grosso é resultado do trabalho diuturno das forças de segurança. A Polícia Civil tem desempenhado um papel fundamental, agindo de forma técnica, com investigações de repressão qualificada e no efetivo combate à criminalidade organizada de maneira responsável. Essa evolução reforça o compromisso da Polícia Civil em construir uma sociedade segura, justa e solidária, no propósito de promover a paz e a segurança em nosso estado”, destacou.
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou nesta segunda-feira (07.07) que a cultura de impunidade no Brasil tem alimentado a crescente onda de violência em diversas regiões do país, inclusive no Estado.
Na avaliação do governador, a sensação de que crimes não são punidos adequadamente contribui diretamente para o aumento da criminalidade, como em casos extremos de feminicídio.
Foto: VG Notícias
“Infelizmente vivemos em um país onde existe uma cultura de impunidade. Isso tem gerado uma onda de violência que atinge o Brasil inteiro e, aqui no nosso Estado, não é diferente”, afirmou o chefe do Executivo.
Mendes destacou que, muitas vezes, autores de crimes graves não têm histórico anterior de violência ou sequer registros de infrações de trânsito. Apesar disso, segundo ele, o Estado tem feito tudo possível para combater a violência — seja em tecnologia, seja em investimentos voltados à prevenção.
“Pessoas que são aparentemente cidadãos de bem, que nunca tiveram nem multa de trânsito, de repente vão lá e cometem um crime hediondo, um crime que repercute muito mal dentro da nossa sociedade. E o Estado tem feito tudo que é possível. Mas, infelizmente, essa sensação de impunidade, que já existe no país há muitos anos, coopera e conspira para os fatos que têm acontecido em Mato Grosso”, declarou.
Mauro: 'Quem entra para o crime termina na cadeia ou no caixão'
Sobre os casos de feminicídio, o governador afirmou que a estrutura de combate à violência contra a mulher foi reforçada com delegacias especializadas e ações preventivas, como o botão do pânico, usado por vítimas com medidas protetivas.
“Temos feito tudo o que é possível. Investimos em prevenção, em campanhas de conscientização e fortalecemos as nossas estratégias. Mas muitos desses crimes acontecem no ambiente doméstico, com agressores que não apresentavam nenhum sinal anterior. Isso dificulta muito a atuação do Estado”, pontuou.
Mauro Mendes também informou que será lançada uma campanha para divulgar a nova legislação, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD), que aumentou a pena para feminicidas, podendo chegar a 40 anos de prisão.
“Pouca gente sabe que agora a pena pode chegar a 40 anos. Vamos divulgar essa informação, porque a punição também é forma de prevenção. Precisamos quebrar essa cadeia de impunidade”, completou.
Ao final, o governador ressaltou que todos os casos de feminicídio registrados em Mato Grosso foram solucionados pela Polícia Civil. “Nenhum crime de feminicídio ficou sem elucidação. A nossa parte foi feita: investigamos, identificamos os autores e levamos à Justiça. Agora, é preciso reforçar o combate em todos os níveis — da prevenção à punição”, concluiu.
CANARANA – Policiais militares prenderam um homem condenado por estupro durante uma abordagem na rodovia MT-020, em Canarana, na tarde de quinta-feira (3).
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Conforme apuração, a prisão foi resultado de um trabalho conjunto entre a Agência Regional de Inteligência do 13º Comando Regional de Água Boa e a Agência de Inteligência do 12º Batalhão de Sorriso. As equipes receberam informações de que o suspeito, com mandado de prisão em aberto, estaria passando pela cidade.
Justiça reconhece legítima defesa e absolve acusado de homicídio em Canarana
Durante as diligências, um veículo com vários ocupantes foi parado e, após checagem, o foragido foi identificado. Contra ele havia um mandado expedido pela Comarca de Canarana, com condenação de 14 anos em regime fechado.
O homem foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil, onde permanece à disposição da Justiça.
O Conselho de Sentença de Canarana, a 646 km de Cuiabá, absolveu no dia 1º de julho R. P. da S., de 52 anos, acusado de homicídio qualificado, ao reconhecer a tese de legítima defesa apresentada pela Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso. O réu havia sido condenado a 12 anos de prisão em setembro de 2023, em regime fechado, sob a acusação de dificultar a defesa da vítima.
O crime ocorreu em setembro de 2012, no Assentamento Nova Canaã, na zona rural de Canarana. A discussão entre os envolvidos teria começado por causa de um colchete deixado aberto, o que permitiu que o gado invadisse uma área com mudas de seringueiras. Durante o desentendimento, mesmo sabendo que o réu estava armado com uma espingarda visível, a vítima desferiu um soco no rosto dele. O acusado então reagiu com um disparo, resultando na morte do agressor.
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Segundo a defesa, o réu carregava a arma em razão do seu trabalho como operador de máquinas e respondeu ao processo em liberdade. Após a condenação inicial, a Defensoria Pública recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), alegando que a sentença contrariava as provas. O TJMT acatou o recurso e determinou novo julgamento.
Confusão em show de Água Boa termina com agressão e denúncia contra vereador e outros 2
A nova sessão ocorreu na última terça-feira. O defensor público Robson Cleiton de Souza Guimarães destacou que a tese de legítima defesa foi acolhida integralmente pelo novo Conselho de Sentença, resultando na absolvição do réu.
No primeiro julgamento, a defesa havia conseguido afastar a qualificadora de motivo fútil, mas não teve êxito em afastar a tese de que a vítima não teve chance de se defender. Desta vez, os jurados consideraram o argumento da legítima defesa como suficiente para inocentar o acusado. A sessão foi presidida pelo juiz Carlos Eduardo de Morais e Silva, da Primeira Vara Criminal e Cível de Canarana.
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