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TJ solta líder do Comando Vermelho por fazer parte do grupo de risco

CUIABÁ – O Tribunal de Justiça, por meio da Segunda Câmara Criminal, acatou a defesa de um dos líderes do Comando Vermelho em MT, Ulisses Batista da Silva, e concedeu prisão domiciliar. A defesa alegou que Ulisses pertence ao grupo de risco para a covid-19, pois tem diabetes e pressão arterial sistêmica.

O Tribunal de Justiça, por meio da Segunda Câmara Criminal, acatou a defesa e soltou um dos líderes do Comando Vermelho em MT.
Foto – Assessoria.

A decisão foi unânime. Atualmente, a Segunda Câmara do TJ é formada pelos desembargadores Pedro Sakamoto, Rui Ramos e pela juiza Glenda Moreira Borges, que foi convocada para atuar na Segunda Turma.

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A Procuradoria-Geral de Justiça se manifestou contra a medida.

A defesa alegou que o tratamento recebido pelo preso não era “adequado”, além de não ter uma alimentação balanceada e não fazer exercícios físicos, o que contribui para o agravo da saúde dele. A situação de Ulisses é semelhante a do integrante da organização criminosa, Paulo Witer Faria Paelo, denunciado na mesma ação pena e que teve o benefício concedido.

Diante disso, a Segunda Turma decidiu conceder a prisão domiciliar. Ulisses deverá manter os endereços atualizados, ficar em casa, exceto em caso de precisar fazer consultas médicas, que deverão ser comunicadas à Justiça e comparecer em todos os atos processuais. Ele será monitorado por tornozeleira eletrônica.

Ulisses estava preso desde agosto de 2018, quando a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) realizou a operação Red Money. A investigação constatou que o Comando Vermelho havia movimentado mais de R$ 52 milhões em um sistema próprio de arrecadação.

A investigação descobriu três fontes de recursos: 1. Mensalidade paga pelos faccionados, chamadas de “camisa”; 2. Cadastramento e mensalidades pagas por traficantes ou por cada ponto de venda de droga, conhecidas por “biqueiras”; e 3.  Cobrança de “taxa de segurança” de comércios (extorsão de comerciantes).

Por Repórter MT.

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