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Alto Xingu já era ocupado pelos índios há mais de mil anos – Futilidade do Dia

A velha história dos índios não civilizados que habitavam nosso território quando os portugueses aqui chegaram está dando lugar a outra sobre importantes civilizações. Pesquisas recentes mostram que o país tem um passado bem mais rico do que se pensava. Em vários sítios arqueológicos são estudados vestígios de antigos povos que remontam um cenário incrível. De norte a sul, nossas terras abrigavam grupos organizados em classes e que ocupavam espaços planejados.

No alto Xingu, arqueólogos e antropólogos contam com a ajuda dos índios Kuikuro para mapear o espaço ocupado por seus ancestrais.
A força feminina e moradia nas alturas – Infografia – Alessandro Meiguins, Sattu e Luiz Iria.

Pesquisas arqueológicas feitas na Amazônia descrevem o auge de sociedades formadas por indígenas de diversas etnias que se tornaram autossuficientes e criaram polos de agricultura e cerâmica entre 1000 e 2000 anos antes do presente, datação usada por arqueólogos para se referir à pré-história que, nas Américas, segue divisão diferente do restante do mundo.

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O homem se adaptava de modo sofisticado ao ambiente: usava a terra sem destruí-la e aumentava a biodiversidade, afirma o estudioso do alto Xingu Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida. Segundo ele, essas civilizações eram diferentes das de outras partes do mundo, mas nem por isso mais simples.

No alto Xingu, arqueólogos e antropólogos contam com a ajuda dos índios Kuikuro para mapear o espaço ocupado por seus ancestrais. Aldeias circulares, cercadas por valas artificiais e conectadas por estradas, formam uma estrutura que remete a uma civilização de 1,1 mil anos atrás.

A aldeia atual, em forma de anel, foi um dia um conjunto de oito a 12 aldeias cerca de dez vezes maior. “Esse povo, formado por grupos independentes integrados em uma nação, como os do atual Xingu, tinha noções sofisticadas de Matemática e Engenharia”, explica o arqueólogo americano Michael Heckenberger.

Essa antiga sociedade xinguana se caracterizava pelo vasto conhecimento de cartografia e astronomia. Assim como os europeus desenvolveram tecnologias inovadoras utilizando o ferro e o bronze, os nativos americanos incorporaram a cosmologia, o estudo da origem e evolução do universo. Exatamente como no império inca de Cuzco, o maior das Américas, afirma o pesquisador.

Os índios do Xingu, porém, constituíram uma paisagem lateral contrária aos monumentos verticais típicos das civilizações clássicas cercada de muito verde. “Eles não desmatavam grandes áreas contíguas porque acreditavam ter parentesco com a floresta”, conta Heckenberger. “Até hoje os Kuikuro se dizem descendentes de árvores.” As áreas abertas, enfim, eram exclusivas para os assentamentos e o cultivo de roças de mandioca e árvores frutíferas.

Leia a matéria completa neste link.

Por OP com informações de Nova Escola; Foto de Capa – Marcelo Zocchio.

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