O autismo faz parte da realidade de muitas pessoas hoje, ainda que nem sempre seja tão simples identificá-lo como tal. Pouco compreendido, pode ser confundido com outras condições e mesmo visto com certo preconceito, dificultando a integração daqueles que apresentam o espectro na sociedade.
Segundo a ONU, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas no mundo sejam autistas. Já no Brasil, o número é próximo de 2 milhões. E mesmo com os avanços obtidos ao longo dos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Devido a dificuldade no diagnóstico, algumas pessoas só descobrem que são autistas depois de adultas. (Fonte: Unsplash)
Uma definição complexa
O que o torna muito mais complexo do que o esperado é que o autismo é uma condição que pode apresentar uma ampla variedade de sintomas comportamentais. A partir de seis meses, já é possível identificar alguns sinais que indicam uma forma diferente de se processar informações e mesmo de se relacionar, variando de intensidade e mesmo na sua forma de se manifestação.
Enquanto alguns apresentam certa limitação na linguagem, outros têm nela seu ponto forte na hora de se expressar. Também é possível apresentar diferenças na coordenação motora, certos padrões comportamentais, presença de superdotacão ou uma maior aptidão e preferência para realizar determinadas atividades.
Hipersensibilidade a sons e a luz, texturas, contato visual reduzido, dificuldade para entender piadas ou captar emoções dos outros também podem ser manifestações observadas no dia a dia.
O autismo pode se manifestar em crianças a partir de seis meses. (Fonte: Unsplash)
Diagnóstico
Não existe, atualmente, uma causa amplamente definida para o desenvolvimento do autismo, mas há investigações que buscam determinar o que poderia impactar no surgimento das mutações que determinam a condição dos genes.
O diagnóstico, por sua vez, é feito por meio de diversas avaliações de psicólogos, psiquiatras e mesmo de neurologistas. E o acompanhamento por profissionais especializados tem peso tanto no melhor desenvolvimento quanto auxilia a família a compreender e a lidar com as particularidades do autista, o que gera um impacto bastante positivo no convívio a longo prazo.
Detectar a condição é importante para trabalhar o melhor desenvolvimento do autista. (Fonte: Unsplash)
Compreender é fundamental
Apesar dos avanços científicos, ainda ocorre do autismo ser tratado como uma doença, o que se trata de um equívoco. O autista também é uma pessoa com inteligência, desejos e sentimentos, e ainda que processe isso de uma forma particular, é digno de respeito como todas as pessoas.
A falta de conhecimento sobre o autismo também dificulta o acolhimento. Não é possível enquadrar o autista num grupo isolado determinando quais são suas características sem análise, pois, assim como ocorre com as pessoas, os autistas também apresentam características únicas e mesmo o nível do espectro pode variar bastante, sendo imperceptível para as pessoas ao redor em alguns casos.
Fonte: MegaCurioso.