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Desenvolvido em Canarana, Projeto Aldeia Sustentável pode se tornar referência no Brasil

CANARANA – A Aldeia Belém, da etnia Xavante, localizada em Canarana-MT, é sede de um projeto piloto dentro do Mato Grosso, chamado de Aldeia Sustentável, que tem vários parceiros na sua implementação como Funai, Empaer, Prefeitura Municipal e IFMT; e que prevê diversas ações, entre elas de fomentar a autonomia alimentar e também o sequestro de carbono.

Cleide, Marilei, Daniela, Rubia (Servidora da Prefeitura) e Rafael; Foto – OP.

Na sexta-feira (30), estiveram na cidade de Canarana a coordenadora da AL (Assembleia Legislativa) Social e do Teatro Cerrado Zulmira Canavarros – Daniela Paula Oliveira, que é parceira do projeto; e a diretora geral do Instituto Kurâdomôdo de Cultura Sustentável – Cleide Regina de Arruda, gestora da iniciativa. Elas se encontraram com a secretária municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turístico – Marilei Bier; e com o vereador Rafael Govari.

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Conforme Cleide, é um projeto desafiador. “É muito desafiador, mas com todos esses parceiros, com certeza será um sucesso. Inclusive a Funai quer que a gente vá para Brasília apresentar esse projeto lá, com o objetivo de levar para outras aldeias no Brasil”, disse a diretora geral do Instituto Kurâdomôdo.

Neste momento está sendo implementado um viveiro na Aldeia Belém, que produzirá as mudas de espécies frutíferas do cerrado para serem plantadas a partir do mês de novembro. Além de frutas, também será incentivado o plantio de arroz, abóbora, mandioca e o cultivo da apicultura, tanto para consumo dos Xavantes, quanto para venda do excedente.

Para Daniela, o Aldeia Sustentável é diferenciado. “É uma iniciativa de muito ouvido, nada sendo imposto e isso tem trazido dignidade. Temos orgulho de sermos parceiros do projeto, que é pioneiro dentro do Mato Grosso no sequestro de carbono dentro de terras indígenas”, disse a coordenadora da AL Social, explicando que os indígenas receberão uma recompensa pela diminuição nas queimadas, tradicionalmente provocadas para a prática da caça.

Xavantes preparam roça; Foto – Arquivo/OP.

Segundo Marilei Bier, a ideia agora é acrescentar outras culturas dentro do projeto e levar o mesmo para as demais aldeias Xavante da Terra Indígena Pimentel Barboza. “O projeto está sendo visto com bons olhos, sendo modelo já no Mato Grosso e queremos levar ele para as 19 aldeias que estão dentro da terra indígena, além de acrescentar outras culturas, como a produção do gergelim orgânico, muito valorizado”, disse a secretária de Desenvolvimento.

Por OPioneiro.

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