quinta-feira, 25 abril, 2024
21.8 C
Canarana
Início Futilidade do Dia FUTILIDADE DO DIA - "A Pátria" - Tela de Pedro Bruno

FUTILIDADE DO DIA – “A Pátria” – Tela de Pedro Bruno

Esta romântica pintura de Pedro Bruno (1888 – 1949) é denominada “A Pátria” e retrata a confecção da primeira Bandeira Republicana do Brasil; a obra, bastante divulgada nos livros didáticos de História do Brasil, foi pintada em 1919 e faz parte do acervo do Museu da República, situado no Rio de Janeiro: a cena acontece no interior de uma residência, no final do Século XIX, em tempos pré-industriais, e as mulheres, portas adentro, bordam e costuram o nosso maior símbolo pátrio; uma delas amamenta um bebê (representação da República que nasce).

Foto: Reprodução

Na parede, ao fundo, meio a demais detalhes, está o retrato de Deodoro; Tiradentes está representado num quadro afixado na parede com o seu derradeiro momento (de camisolão e com a forca ao lado); sobre a mesa a imagem da Imaculada Conceição e crianças estão no meio do ateliê. Com a cabeça num travesseiro, um menino brinca com a estrela; outra menina, ternamente agarra-se à bandeira em construção e, discretamente, no canto esquerdo, há um homem idoso, quase que imperceptível na sombra, representando o passado monárquico a ser esquecido; tradicionalmente essa figura é interpretada como sendo a família de Benjamin Constant, que, num quadro postado sobre mesa, está com fardamento da época da Guerra do Paraguai. Como percebemos, a tela (1,90 X 2,78 metros) é carregada de muitos simbolismos e retrata de forma alegórica a “construção positivista da República” a partir da família e a exploração da esperança de novas gerações (simbolizada nas crianças) num país do futuro.

O desenho da bandeira republicana brasileira foi criado conjuntamente por Raimundo Teixeira Mendes ( vice-diretor do Apostolado Positivista do Brasil), por Miguel Lemos, (diretor do Apostolado Positivista do Brasil) e Manuel Pereira Reis (catedrático de astronomia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro); o desenho do disco azul foi executado pelo pintor Décio Vilares e, por indicação de Benjamin Constant, acrescentou-se em meio às estrelas a constelação do Cruzeiro do Sul, com as estrelas Acrux e Gacrux equilibradas no instante 13 sideral.

As estrelas refletem o céu da cidade do Rio de Janeiro tendo por base a data de 15 de novembro de 1889 e representam as unidades federativas (cada estrela representa um estado específico, além do Distrito Federal).

Assim, definidas a dimensão e forma, a bandeira foi oficialmente adotada pelo decreto n.° 4, de 19 de novembro de 1889, e permanece intacta em sua concepção original, apenas com o acréscimo necessário de algumas estrelas, no círculo azul, que são representativas dos novos Estados que foram criados posteriormente.

Retirado de www.patriamineira.com.br

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.