CUIABÁ – Mato Grosso manteve acordo firmado internacionalmente por meio do Programa REM MT (da sigla em inglês REDD+ for Early Movers). A confirmação veio com a divulgação da taxa anual PRODES ratificando que o Estado ficou abaixo do gatilho de performance, mantendo a área desmatada na Amazônia abaixo de 1788km² por ano.
No final de 2017, Mato Grosso passou a ser beneficiado pelo Programa REM, por ter promovido uma redução de 86% dos desmatamentos nas florestas no período de 2004 a 2014.
Anunciados no dia 30 de novembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe), os dados do PRODES mostram que a taxa de desmatamento pelo período dos últimos 12 meses foi de 1.767,00 km² em Mato Grosso. Em relação aos resultados de 2019, o Estado aumentou o desmatamento em 3,67%, um aumento expressivamente menor que o do estado vizinho do Pará, com um aumento de 20% em 2020 em comparação ao ano anterior. Ou seja, frente a uma tendência de aumento generalizada de aumento no desmatamento em todo bioma amazônico, Mato Grosso manteve os índices sob controle.
Nos últimos seis meses, os alertas de desmatamento do DETER/Inpe apontam uma redução média de 30% nos avisos. No período de estiagem, quando a pressão costuma ser maior, os alertas reduziram em 30% para o mês de julho, 22% em agosto e 47% em setembro em relação aos mesmos períodos de 2019.
Os resultados, na avaliação dos analistas do Programa REM-MT, refletem a política adotada pelo Estado de tolerância zero aos crimes ambientais, fortalecida por ações do Programa REM MT e estratégia Produzir, Conservar, Incluir (PCI). A integração das entidades visa ações coordenadas no combate aos crimes contra a flora, freando a tendência de aumento que demonstra a taxa nacional.
A coordenadora do Programa, Lígia Nara Vendramin destaca a integração de órgãos e executores.
“O Programa REM MT favoreceu o diálogo entre as diferentes organizações, aperfeiçoando fluxos e procedimentos, de modo a aprimorar desde o planejamento das operações, o processo de autuação, a descapitalização de infratores e a responsabilização cível e criminal”.
Entre os órgãos, Ligia ressalta a estreita atuação entre a equipe da Coordenação de Fiscalização de Flora (CFFL), Superintendência de Processos Administrativos e as Unidades Desconcentradas da SEMA, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental, Batalhão de Emergências Ambientais, IBAMA, Delegacia de Meio Ambiente e Ministério Público Estadual.
Por Secom-MT.