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Opinião: Acelera Whatsapp: A funcionalidade das relações – Por Josiane Porsch

10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil é realizada a campanha Setembro Amarelo, em alusão ao combate ao suicídio.

Junho de 2021, chegamos há pouco mais de um ano e meio de pandemia, a COVID-19 insiste e persiste. Aqui no Brasil, 500 mil mortes, no mundo aproximadamente 4 milhões. Perdemos vidas, liberdade, encontros, abraços, jogos, bailes, comemorações, festas, confraternizações. Ganhamos distanciamento, estranhez, solidão, ausência, carência, saudade, medo, insegurança, ansiedade, necessidade, irritabilidade, depressão, dor, sofrimento. Isso, nada mais é que um verdadeiro caos afetivo e relacional imposto por um “meteoro” minúsculo e invisível aos nossos olhos.

Somos seres relacionais, precisamos do contato físico, do abraço, do olhar, do sentir o tato, o cheiro, o calor. O ser humano se relaciona através da comunicação que, podemos afirmar, está fundamentada em intenções cooperativas e compartilhadas. Assim, nos comunicamos para compartilhar atitudes, para informar, para pedir ajuda, tudo como como um meio de ligação. Partindo desta premissa, podemos perguntar o que é o ser humano sem se relacionar? E então, diante da situação citada acima, o que temos comunicado? Ou como temos nos comunicado?

Penso que, se pensarmos em termos de redes sociais, algo ficou intacto: a tecnologia, o avanço das redes sociais, das inovações, das funcionalidades. Afinal, nunca estivemos tanto no instagram ou facebook, seja vendendo, comprando, estudando ou apenas observando. A rede social, se tornou o canal de comunicação mundial. Ficamos em casa e então a comunicação on line se multiplicou e se estabeleceu em prol de “aproximar pessoas”. E, neste processo, surgiu neste último mês uma nova funcionalidade do whatsapp, o aplicativo de mensagens mais utilizado, pelo menos aqui no Brasil.

Quem não está se divertindo ou “aproveitando” a nova funcionalidade? O acelerador de aúdio chegou com a promessa de deixar mais rápido aqueles aúdios longos da vovó que se atrapalha para gravar um bom dia, da tia que adora falar e contar a história que ouviu do primo distante que ela encontrou no facebook; ou do amigo, da amiga que está apenas precisando conversar. Enfim, uma funcionalidade que chegou para não perdermos tempo ouvindo aúdios longos.

Por Josiane de O. M. Pörsch.

Psicóloga – Universidade Mackenzie (São Paulo)

Pós-Graduada em Psicologia Hospitalar – ICHC-FMUSP

Pós-Graduada em Educação Especial Inclusiva – UNOPAR

Pós-Graduada em Saúde da Família – Escola de Saúde Pública do Estado do MT

Pós-Graduada em Gestão Pública – IFMT

Pós-Graduanda em Psicologia e Coaching – Faculdades Metropolitanas

Coach de Emagrecimento pelo: Profissão Coach Express e Health Coach International Institute

*As opiniões expressas pelos colunistas não refletem a opinião do OPioneiro, sendo o autor do texto, responsável pelo conteúdo.

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