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SEMENTES: Iniciativa com sede em Canarana vence prêmio internacional para soluções climáticas

A Rede de Sementes do Xingu foi escolhida entre mais de 200 propostas de todo o mundo. Com 13 anos de história, é a maior rede de sementes nativas no Brasil
Clerizia Pantaleão beneficia sementes de tingui no Projeto de Assentamento Jaraguá (MT); Foto -Tui Anandi/ISA

CANARANA – A Rede de Sementes do Xingu está entre os 11 vencedores do Ashden Awards 2020, prêmio internacional para soluções climáticas. A rede foi escolhida entre mais de 200 propostas de todo o mundo.

O prêmio é concedido anualmente pela Ashden, organização baseada no Reino Unido que dá visibilidade e apoio a iniciativas inovadoras nos campos do clima e energia em todo o mundo – incluindo empresas, organizações não-governamentais e do setor público que estão entregando soluções comprovadas.

Os vencedores recebem um prêmio em dinheiro, apoio ao desenvolvimento da iniciativa e a oportunidade de conectar com investidores do setor de energia e clima.

“Essas organizações fazem mais que reduzir emissões – elas criam novos empregos, melhoram a saúde e reduzem a desigualdade. Elas são o rosto do futuro”, disse Harriet Lamb, CEO da Ashden.

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“É um reconhecimento da iniciativa e do trabalho feito ao longo desses 13 anos de existência”, comemora Bruna Ferreira, diretora da Associação Rede de Sementes do Xingu.

A Rede de Sementes do Xingu, sediada em Canarana, é composta por 568 coletores indígenas, urbanos e agricultores familiares, em sua maioria mulheres, e se consolidou como a maior rede de comercialização de sementes nativas no Brasil.

Em mais de dez anos de trabalho, a rede e seus parceiros recuperaram 6,6 mil hectares de áreas degradadas na bacia do Xingu e Araguaia e outras regiões de Cerrado e Amazônia. Para isso, foram utilizadas mais de 221 toneladas de sementes de 220 espécies nativas.

A iniciativa já é uma referência para a produção comunitária de sementes no Brasil. “É uma alternativa de renda que vem da floresta, valorizando a diversidade ambiental e cultural. No contexto de emergência climática, a Rede de Sementes é o nosso maior exemplo de um futuro possível”, ressalta Ferreira.

A Rede de Sementes do Xingu foi escolhida entre mais de 200 propostas de todo o mundo. Com 13 anos de história, é a maior rede de sementes nativas no Brasil
Coletora Yarang beneficia sementes de murici-da-mata, Território Indígena do Xingu (MT); Foto – Carol Quintanilha/ISA

A Rede tem o apoio da União Europeia, Conservação Internacional, Partnerships for Forests (P4F), Funbio, Instituto Bacuri, Rainforest Foundation Norway, DGM, Good Energies, PPP Ecos/ISPN, e Amaz.

Para ler a reportagem completa clique aqui.

Por ISA com Redação OP.

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