A pequena mato-grossense Kawakanih Yawalapiti, de 9 anos, aceitou o desafio do fotógrafo norte-americano Gregg Segal e foi inventariando tudo que comia por sete dias seguidos. Baseado por essas informações, Segal fez um retrato elaborado dela, cercada pelos alimentos que consome.
Ele fez o mesmo com crianças de outros oito países. Por três anos, investigou os hábitos alimentares de crianças no Brasil, Estados Unidos, Índia, Malásia, Alemanha, França, Senegal, Emirados Árabes Unidos e a Itália.
O resultado de suas pesquisas pode ser conferido no livro “Daily Bread: What Kids Eat Around the World”, cujo título traduzido é “Pão Diário: o que as crianças comem ao redor do mundo”.
A obra, com fotografias de várias crianças, foi lançada em 2019.
Fotos coloridas e hiper-detalhadas
Os resultados coloridos e hiper-detalhados contam uma história única do multiculturalismo e como nos nutrimos no início do século XXI.
“De Los Angeles a São Paulo, Dakar a Hamburgo, Dubai a Mumbai, chegamos a entender que, independentemente de quão pequeno e interconectado o mundo pareça se tornar a cada ano, ainda existem diversos bolsões de culturas tradicionais em cada continente, comendo em grande parte da mesma maneira que já existem há centenas de anos”, pontuou.
Somos o que comemos
Na obra, são levantadas questões sobre saúde e sustentabilidade. “Existem regiões e comunidades onde a comida ‘lenta’ nunca será substituída pela comida lixo, onde as refeições caseiras são a base da família e da cultura”.
Partindo da premissa que somos o reflexo do que comemos… “Me concentrei nas crianças porque os hábitos alimentares começam cedo e, se você não acertar quando tiver 9 ou 10 anos, será muito mais difícil quando você for mais velho”, contou Gregg.
Por Lidiane Barros – O Livre.
Confira algumas fotos publicadas no livro de 120 páginas: