Em 1991, com a descoberta da múmia Ötzi, obteve-se o registro mais antigo de uma tatuagem, com cerca de 5,3 mil anos. O homem do gelo, como também é conhecido, possuía diversas linhas em várias regiões do corpo. Cientistas acreditam que os desenhos surgiram a partir do ato de esfregar de carvão na pele, que funcionavam como uma espécie de tratamento para diminuir a dor.
Com o passar dos anos, as tatuagens passaram a ganhar outros significados. Por volta de 1900 a.C. houve o surgimento de tatuagens com a figura de Bes, deus egípcio da proteção contra o mal. Já os antigos romanos, acreditavam na pureza da forma humana, assim, as tatuagens eram restritas apenas a criminosos e condenados. Entretanto, como guerreiros bretões usavam emblemas de honras tatuadas na pele, os romanos passaram a admirá-las.
Já no século 11 e 12, durante as cruzadas, as tatuagens passaram a identificar os soldados de Jerusalém. Assim, caso morressem, eles receberiam um enterro digno. Depois desse período, a tatuagem caiu em desuso no Ocidente, mas continuou crescendo ao redor do mundo. No começo do século 18, os povos que viviam na região centro-sul do Oceano Pacífico possuíam tatuagens como um importante aspecto cultural. No Havaí, três pontos na língua representavam o luto. Em Bornéu (ilha da Ásia), desenhar um olho na palma da mão de um falecido, servia como guia espiritual para a próxima vida. E na Nova Zelândia, os povos nativos tatuavam o rosto para identificar a família a qual pertenciam.
Mas, foram os marinheiros ingleses que difundiram essa prática pelo mundo, depois do contato com taitianos. Em 1769, o capitão britânico James Cook desembarcou no Taiti, onde a palavra “tatau” era usada para designar como que a tatuagem era feita. Acredita-se que a palavra “tatau” tenha dado origem ao termo “tattoo”.
No Oriente, a tatuagem chegou a ser proibida no Japão em 1870. Com isso, tatuadores passaram a atender ilegalmente e deu origem a desenhos únicos. Inclusive, uma das principais referências em tatuagem no Japão é a máfia japonesa Yakuza.
Anos mais tarde, em 1891, o inventor americano Samuel O’Reilly patenteou a primeira máquina elétrica de tatuagem do mundo. Desde então, muitas pessoas passaram a fazer tatuagens com o nome de quem amam, imagens, tipo sanguíneo, conquistas, entre outros.
Fonte: História do Mundo; e, Mega Curioso.
Por Vitória Kehl Araujo, do OPioneiro.