quarta-feira, 5 fevereiro, 2025
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310 mil estudantes voltam às aulas com proibição para uso de celular

Mais de 310 mil estudantes distribuídos em 13.621 turmas disponibilizadas por 627 escolas da rede estadual de ensino iniciaram oficialmente, ontem (3), o ano letivo 2025 em Mato Grosso. Neste ano, a volta às aulas é marcada pela proibição do uso de celulares nas unidades públicas e particulares que ofertam a educação básica, ou seja, os ensinos infantil, fundamental e médio. Em Cuiabá, o início do ano eletivo no sistema municipal foi adiado para o próximo dia 10.

Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei 15.100/2025, que proíbe o uso dos aparelhos durante as aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares, mas será liberado em alguns casos, como emergências, para fins pedagógicos, com a orientação do professor, e para acessibilidade de estudantes com deficiência.

Foto: Reprodução

Em nível estadual, a regra está prevista em projeto de lei sancionado no dia 06 de dezembro de 2024 pelo governador Mauro Mendes (União). Segundo relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, de 2022, alunos que passaram mais de cinco horas diárias conectados tiveram, em média, 49 pontos a menos em matemática do que os que usaram o celular por até uma hora.

“Nas 13 Diretorias Regionais de Educação haverá muita atenção quanto a proibição do uso de celulares e outras mídias eletrônicas pelos estudantes em sala de aula, biblioteca e outros espaços de estudo”, disse o secretário de Educação, Alan Porto. Segundo ele, nesta primeira semana, a atenção de diretores, coordenadores pedagógicos, professores e demais profissionais da educação se concentra no acolhimento dos estudantes.

Porto reforçou ainda que todos os servidores lotados nas unidades escolares vão contribuir com orientação e a fiscalização para que a regra não seja descumprida. “As equipes psicossociais das escolas e das DREs já trabalham com orientação nesse sentido desde novembro de 2024, quando começamos as discussões acerca da proibição de celulares nas áreas de estudo. Alunos e pais já são conhecedores das regras”, completa.

Por meio da assessoria de imprensa, Alan Porto frisou que outra novidade para este ano está relacionada ao “Novo Ensino Médio”, que conforme ele, “tem a proposta de tornar a formação dos alunos mais flexível, permitindo que escolham áreas de aprofundamento de acordo com seus interesses. Essa reformulação visa alinhar o currículo às demandas do mercado de trabalho e às necessidades da sociedade, oferecendo uma educação mais personalizada.

Para o secretário, este será mais um ano de avanços no ensino e na aprendizagem da rede estadual e que a “Semana Pedagógica”, realizada em janeiro passado, envolveu todas as escolas e suas equipes para alinhamento de diretrizes, estratégias e metas do Plano EducAção 10 Anos.

CUIABÁ – Na sexta-feira (31) passada, o prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) anunciou que o início das aulas na rede municipal foi adiado para o dia 10 de fevereiro. A decisão, segundo ele, foi tomada após reunião com a presidente do Conselho Municipal de Educação, Andréa dos Santos, e comunicação prévia ao promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior, diante da precariedade da infraestrutura das unidades escolares.

Na ocasião, Abilio disse que a gestão municipal ainda não conseguiu contratar as empresas responsáveis pela manutenção e limpeza das escolas, além de enfrentar dificuldades na aquisição de materiais de limpeza por conta a repasses em atraso deixados pela gestão anterior.

Também citou as fortes chuvas que agravaram a situação estrutural de algumas unidades, como a Escola Zeferino Leite de Oliveira, no Bairro Pedra 90, onde há riscos elétricos sérios. “São 171 unidades e a gente ainda não teve a condição de contratar as empresas responsáveis pela manutenção e limpeza considerando a situação da infraestrutura das escolas”, afirmou.

Ainda, conforme o prefeito, entre 10 e 15 escolas estão em condições insustentáveis. “Temos unidades com telhados comprometidos e caixas d’água com risco de desabamento, como a que caiu no Nico Baracat. Precisamos proteger nossos alunos e servidores, por isso é mais seguro adiar o início das aulas”, alertou. Contudo, a garantia é de que a grade curricular será ajustada para repor os dias letivos perdidos, cumprindo os 200 dias exigidos por lei.

Por DiáriodeCuiabá.

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