A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Cocalinho (760 km de Cuiabá), prendeu, nesse sábado (9.8), um homem, de 20 anos, acusado de envolvimento no desaparecimento e assassinato do casal Deived de Oliveira Ferreira, 21 anos, e Glênia Borges da Silva Souza, 41 anos, em janeiro deste ano, em Cocalinho.
Deived e Glênia desapareceram no dia 12 de janeiro de 2025. O casal teria saído de Brasília em razão de dívida de drogas com uma facção criminosa, além de estar envolvido em diversos furtos. No dia 8 de janeiro, eles embarcaram em um ônibus em Goiânia (GO) com destino a Cocalinho. Após familiares se recusarem a recebê-los, eles acabaram se hospedando em um local conhecido como ponto de venda e uso de drogas.

As investigações apontaram que o casal foi sequestrado, mantido em cárcere privado, torturado e executado por integrantes de uma facção criminosa devido a dívidas de drogas e, supostamente, por ligação com uma facção rival. Os corpos das vítimas não foram localizados até o momento.
O homem preso nesse sábado (9) teria participação fundamental na execução dos crimes, visto que é o proprietário da residência onde o casal foi mantido em cárcere privado, torturado e morto.
“Ao ceder o local para a prática dos delitos, ele contribuiu decisivamente para a consumação dos crimes”, enfatizou o delegado de Cocalinho, Carlos Alberto Silva.
Prisão
Após intenso trabalho de investigação, na noite da sexta-feira (8), a Polícia Civil recebeu informações de que o foragido estava escondido na residência de sua mãe, no Loteamento do Delcides, em Cocalinho.
Diante disso, na tarde desse sabádo (9), por volta das 16 horas, a equipe da Delegacia de Cocalinho cumpriu o mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Água Boa contra ele.
“A prisão do foragido representa um marco significativo na investigação, considerando seu conhecimento detalhado sobre a dinâmica dos crimes cometidos, a possível localização dos corpos das vítimas e informações sobre os demais envolvidos no crime”, afirmou o delegado Carlos Alberto.
Durante a prisão, foi apreendido um aparelho celular, que será submetido a perícia técnica para extração de dados que possam auxiliar nas investigações.
As investigações continuam sob sigilo para não comprometer as ações em curso, visando a localização dos demais foragidos e o esclarecimento completo dos fatos.
A Polícia Civil solicita que qualquer informação sobre o paradeiro dos suspeitos e/ou das vítimas do delito seja comunicada através do telefone 197, garantindo-se o anonimato do comunicante.
“Esta captura demonstra o comprometimento da Polícia Civil de Mato Grosso no combate às facções criminosas que tentam se estabelecer em nossa região. Seguiremos trabalhando incansavelmente para localizar os demais envolvidos e elucidar completamente estes crimes bárbaros, trazendo justiça às famílias das vítimas”, disse o delegado.