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Artigo – Ser e ter esperança – Por Maria Rosa

Parei tudo que estava fazendo para escrever um pouco sobre atitudes que despertaram minha atenção neste tempo de pandemia. Então, vamos lá!

Observei as formas como as pessoas se comunicavam e se comunicam, sobre as dificuldades e facilidades de antes e de agora.  Diante disso, entendi que o mais importante, neste momento, talvez não seja estar juntos, reunidos novamente, pois muitas vezes quando aconteciam os encontros de família, de amigos, de trabalho, de Igreja, alguns não se relacionavam com os demais, permaneciam “conectados” a outros espaços ou eventos. Deixo claro que, como a maioria, eu também sinto falta dessa junção. Mas, enquanto esse modo de viver continuar assim, é importantíssimo “Ser e ter presença” na vida do outro, mesmo não estando presente fisicamente. 

Em um passado não muito distante, como era difícil a comunicação! Escrevíamos cartas e aguardávamos as respostas, íamos na telefônica (com tempo limitado) para falar com a família, amigos…, enviávamos telegramas quando era urgente e, dessa maneira, fazíamos presente nos momentos de alegria ou de tristeza. Hoje, com tantas facilidades, os aparelhos tecnológicos estão em nossas mãos. Não falo somente de participar de um grupo virtual, mas de se fazer presente nesse grupo, de querer saber do outro, de ir no particular da pessoa e dizer “Estou aqui! Como você está? ”, de promover encontros on-line, de felicitar, agradecer e motivar sempre, pois o momento passa, a vida passa, …. Tudo passa. 

Vale dizer que não pertence a nós, saber quando e em qual estação desceremos. Porém, antes disso, é necessário nos conectarmos com o outro, criarmos e cultivarmos vínculos afetivos, nos fazermos presentes mesmo distantes. Temos familiares e amigos próximos e a quilômetros de distância, nos encontramos muito pouco, porém sempre foram presença em nossa vida. 

Ressalto que uma das atitudes das pessoas que mais me preocupa é a de “esperar” para quando puderem se encontrar. E se não acontecer?  Então, não espere! Expresse logo! Dialogue! Conecte da forma como puder! Use as tecnologias a seu favor! Escreva uma mensagem, grave um áudio, ligue!  Diga o quanto a pessoa é importante para você, que entende e respeita o fato de não poderem se encontrar, neste momento. Salienta que isso não diminui e nunca diminuirá o afeto, o carinho e o amor que existe entre vocês!  Diga   o quanto você a ama, que deseja sempre o melhor. Faça rápido! Não custa nada! Reserve nem que seja uma hora, por dia, em sua agenda, para praticar esses gestos concretos. Porém, faça com amor, faça com o coração aberto. Isso fará muito bem para a alma e para o coração.

Portanto, percebi, que as ações citadas nos ajudarão a “passar” por este tempo delicado e inesperado e, com certeza, sairemos mais humanos e fortalecidos. 

Escrevi essa reflexão com o coração e decidi compartilhar e não deixar para depois. Entendo as minhas limitações e sei que preciso melhorar muito a cada dia. Agradeço a quem leu e lembre-se do mandamento que resume tudo: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Por Maria Sicorra da Rosa.

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2000). Atualmente é Coordenadora da Universidade Aberta do Brasil.

*As opiniões expressas pelos colunistas não refletem a opinião do OPioneiro, sendo o autor do texto, responsável pelo conteúdo.

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