A balsa “Estradeiro I” e o rebocador “Estradeiro II”, utilizados na travessia do rio Xingu, no município de São José do Xingu (a 951 km de Cuiabá), vão suspender suas operações a partir desta quarta-feira (25.03). A medida foi adotada como prevenção e combate ao avanço do coronavírus (Covid-19) em Mato Grosso.
As embarcações são mantidas pela comunidade da etnia Kayapó, que decidiu suspender as atividades por tempo indeterminado, a fim de preservar a segurança e saúde dos indígenas da região, especialmente da reserva indígena “Capot Jarina”.
Isto porque a embarcação que os índios administram está localizada a 42 quilômetros de São José do Xingu, nesta reserva indígena, dentro do Parque Nacional do Xingu, no prolongamento da MT-322, sob responsabilidade do governo estadual.
De acordo com o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, foram tentados alguns acordos junto às lideranças indígenas para a manutenção do serviço, com horários reduzidos e com a adoção das medidas de prevenção cabíveis, de forma a não prejudicar o deslocamento das pessoas nestes locais, muitas delas da própria região.
Porém, os índios insistiram em parar as operações. “O funcionamento da embarcação é dos índios e o Estado não tem objeções quanto a essa questão. Como os índios insistiram em suspender as atividades, coube a nós acatar o pedido deles”, explicou o secretário.
Outras balsas
Apesar da suspensão das operações da balsa sobre o rio Xingu, as demais operações de transporte hidroviário em Mato Grosso seguem normalmente, com a adoção de medidas de prevenção ao coronavírus. Continuam operando as balsas que fazem a travessia sobre os rios Arinos, Verde, Juruena, Teles Pires, Apiacás e Rooselvelt.
Por Governo de MT. Foto: Divulgação.