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Confrontos entre Polícia e bandidos matam 105 em 6 meses em MT

Assaltantes com muitas passagens e prisões pela Polícia, latrocidas (ladrões que matam para roubar), traficantes, estupradores, arrombadores com passagens em furtos, homicidas que também matam homens, mulheres, e foragidos.

Criminosos que estão dentro do Mapa da Violência, em uma guerra urbana sem precedentes de confrontos entre as Forças de Segurança e bandidos.

De janeiro a junho de 2023, o Mapa da Violência registrou 105 mortes de bandidos, em confrontos armados entre as Forças de Segurança, em diferentes cidades de Mato Grosso.

Foto: Reprodução

Os números apontam para uma morte em confronto a cada dois dias no Estado.

Os primeiros seis meses deste ano, que fechou na sexta-feira (30), atingiram 105 mortes, em confrontos de policiais com criminosos.

Os números apontam que foram os primeiros seis meses mais violentos entre a Polícia e bandidos, com mais de 25% de mortes em seis meses, do que no mesmo período do ano passado, chegando a mais de 70% entre os mesmos períodos dos cinco anos anteriores.

O mês de janeiro começou registrando 11 mortes entre confrontos.

Fevereiro fechou com 16 mortes. Março foi marcado com 15 mortes, um caso a menos do que no mês de fevereiro.

Abril fechou com 22 mortes em confrontos. Maio também registrou 22 mortes entre a Polícia e bandidos, e junho registrou 19 mortes em confrontos.

Entre os mortos em seis meses, estão os mais de 20 assaltantes que aterrorizaram a cidade de Confresa (1.160 km a Nordeste de Cuiabá).

Os números de criminosos mortos em confrontos são os mais altos de todos tempos em Mato Grosso.

Confrontos que as polícias Civil e Militar afirmam que seriam inevitáveis, pois colocam em risco a vida de policiais e, muitas vezes, de outras pessoas inocentes.

A reportagem do DIÁRIO tem apurado, em quase todos os casos de confrontos com mortes, que o bandido atirou primeiro, ou que sacou da arma para atirar, e a reação foi inevitável.

Segundo ainda a reportagem tem apurado, a meta das Forças de Segurança sempre foi e sempre será a prisão dos criminosos, para que eles sejem autuados em flagrante pela Polícia Civil, condenados e paguem pelos seus crimes, mesmo sabendo que muitos, protegidos pelas leis, costumam entrar e sair da cadeia em pouco tempo.

“Eu não gosto de falar muito sobre esse assunto de confrontos entre policiais e bandidos que acabam em morte. Até porque, muitas pessoas entendem que as mortes poderiam ser evitadas. Poderia não, pode ser evitada, basta que a pessoa que está armada jogue a arma e saia com as mãos para cima. Aí não precisa atirar”, afirmou um oficial da Polícia Militar, que pediu para não ser identificado.

O mesmo oficial lembrou e destacou que mais de 5.000 mil criminosos já foram presos pela PM, neste ano.

Desse total, mais de 400 entraram em confrontos registrados pelas Forças de Segurança.

Mais de 300 criminosos que estavam nestes confrontos resolveram se entregar durante os tiroteios, enquanto seus comparsas sacaram suas armas e entraram em confrontos, foram presos e saíram ilesos.

“Todas as famílias que tem um parente envolvido em qualquer tipo de crime prefere ver seus seus filhos e parentes presos, condenados, do que mortos. E essas famílias sofrem, principalmente os pais, quando sabem que seus filhos foram mortos, ou pela Polícia, ou por bandidos rivais em uma guerra entre facções criminosas que existe atualmente, e que também mata”, lembra o oficial.

“A orientação, que eu e todos os comandantes da Polícia Militar passam para os policiais, é para prender, e não para matar. Agora, toda ação tem uma reação. Aí está caracterizado o confronto armado. Agora, caso um policial mate um bandido sem que ele reaja, assim, sim, não é confronto, é homicídio qualificado. Ai o policial está agindo como agem os bandidos, que atiram e matam a vítima, sem mais nem menos, para roubar durante um assalto. E, quando isso acontece, com certeza, o policial é fastado e investigado até sua expulsão da corporação”, destacou.

O militar completou observando que a meta das Forças de Segurança, integradas por policiais civis, militares e federais e até do Corpo de Bombeiros, é sair às ruas, em uma guerra diária em defesa da sociedade, para prender criminosos, e não para matar quem quer que seja.

Por Téo Gomes, Diário de Cuiabá.

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