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FUTILIDADE DO DIA – JFK comprou mil charutos cubanos na véspera do embargo

Foi realmente um caso de “informação privilegiada” por parte do Presidente dos Estados Unidos. Kennedy quis ficar com mil charutos cubanos armazenados, horas antes de impor o embargo comercial a Cuba, que agora completa 50 anos.

Foto: Reprodução

Foi isso que John Fitzgerald Kennedy pediu ao seu assessor de imprensa, Pierre Salinger. A história foi contada pelo próprio Salinger numa entrevista à revista “Cigar Aficionado” em 1992.

Pouco depois de entrar na Casa Branca, em 1961, seguiram-se uma série de acontecimentos dramáticos. Em abril de 1961 foi a Invasão da Baía dos Porcos (conhecida como La Batalla de Girón em Cuba), uma tentativa falhada de invadir o sul de Cuba e derrubar o governo de Fidel Castro. Meses depois “o presidente chamou-me ao seu gabinete” no início da manhã.

“Pierre, necessito de ajuda”, disse Kennedy.

“Terei todo o prazer em ajudá-lo Presidente, diga”, contestou.

“Preciso de muitos puros”, disse.

“De quantos, Presidente”, questionei.

“De uns mil Petit Upmann”, esclareceu Kennedy.

Deu-lhe um arrepio, mas dissimulou. “E quando precisa deles senhor Presidente”, perguntou.

“Amanhã de manhã”, precisou.

“Saí do gabinete a perguntar-me o que iria o Presidente fazer com tantos charutos, mas como era um fumador inveterado de cubanos… e eu conhecia todas as lojas onde se vendiam. Resolvi o problema do Presidente nessa mesma tarde”, explicou Pierre Salinger.

Na manhã seguinte quando Pierre chegou ao escritório o seu telefone já estava a tocar, era Kennedy.

“Que tal foi?”, quis saber o Presidente norte-americano.

“Muito bem”, garantiu Pierre. Na verdade tinha conseguido 1200 charutos cubanos. Kennedy sorriu e abriu uma gaveta da escrivaninha. Pegou num grande papel e assinou-o de imediato. Foi o decreto proibindo todos os produtos cubanos nos Estados Unidos. Os charutos cubanos passaram a ser ilegais a partir daquele momento.

Fonte: Diário de Notícias.

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