CUIABÁ – Desde as primeiras medidas que promoveram o isolamento social em praticamente todo o país na tentativa de conter a disseminação do novo coronavírus, a vida dos caminhoneiros se tornou muito mais difícil que normal.
E a falta de estabelecimentos abertos nas rodovias onde seja possível se alimentar e descansar sem a sensação de insegurança, devido a menor quantidade de pessoas circulando, reascendeu em parte da categoria a intenção de promover outra paralisação geral no país, quase que nos mesmos moldes da que aconteceu em meados de 2018.
Informalmente, mensagens de texto e áudio – quase sempre sem assinatura – têm circulado nas redes sociais convocando dois atos de protesto: o primeiro, nesta quinta-feira (3), e o segundo e derradeiro, na terça-feira (7).
A primeira ação seria um “buzinaço” de alerta para os governadores que determinaram o fechamento do comércio em seus Estados. A segunda, a paralisação das atividades de transporte, o que também incluiria produtos considerados essenciais à sociedade, como alimentos.
Sem apoio oficial
À reportagem do LIVRE, Gilson Baitaca, que esteve envolvido na organização das manifestações de 2018, afirmou que não é preciso preocupação.
Segundo ele, “as lideranças do passado já desistiram” e os caminhoneiros que têm convocado o protesto de agora não devem conseguir apoio do restante da categoria.
Para Baitaca, justamente por conta da crise, enquanto houve carga para ser transportada, vai haver profissionais interessados em manter o sustento de suas famílias.
Sobre as dificuldades que os caminhoneiros têm enfrentado na estrada neste período de isolamento social, ele diz que, de fato, não apenas restaurantes, mas borracharias e oficinas mecânicas de portas fechadas também prejudicam a categoria.
“Mas sempre têm os teimosos também”, ele pondera, citando os estabelecimentos que têm ignorado a ordem de parar de funcionar.
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Por Laura Nabuco/O Livre; Foto – Ednilson Aguiar/ O Livre.