quinta-feira, 10 julho, 2025
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Nota de repúdio – E.E. 31 de março – A divulgação de violência não é informação: é incitação.

A Direção, Coordenação Pedagógica, Equipe Psicossocial e todos os(as) funcionários(as) da Escola Estadual 31 de Março vêm, por meio desta, repudiar com veemência a divulgação de vídeos de agressões físicas entre estudantes em páginas de redes sociais do município de Canarana.

Nos últimos dias, veículos de informação digital têm publicado cenas de violência envolvendo alunos, muitos deles menores de idade, expondo-os em momentos de conflito, dor e vulnerabilidade. Essa prática, além de antiética, viola direitos fundamentais previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei nº 8.069/90), especialmente o artigo 17, que garante o direito à preservação da imagem, identidade e integridade moral da criança e do adolescente.

Novo prédio da Escola Estadual 31 de Março em Canarana; Foto – OP.

📍 Art. 17 do ECA:
A criança e o adolescente têm direito ao respeito, inclusive quanto à inviolabilidade de sua imagem, identidade, autonomia, valores, espaços e objetos pessoais.

📍 Art. 18 do ECA:
É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, colocando-os a salvo de tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Além da ilegalidade, essa exposição pública de brigas estimula ainda mais a violência, reforça estigmas, amplia o sofrimento psicológico de alunos e familiares, e compromete o trabalho pedagógico e formativo da escola. Ao compartilhar esse tipo de conteúdo, colabora-se não para a resolução dos problemas, mas para sua amplificação.

Nosso compromisso, como escola pública, é com a educação, o respeito mútuo, o cuidado com a saúde emocional dos alunos e a construção de uma cultura de paz. Ao contrário do que alguns perfis digitais têm feito, nossa missão é acolher, orientar, corrigir com responsabilidade e formar cidadãos conscientes.

Pedimos encarecidamente à comunidade canaranense que não curta, compartilhe ou incentive esse tipo de conteúdo. A violência não deve ser espetáculo. Ela deve ser compreendida, prevenida e transformada.

A escola não se omite diante de episódios de indisciplina e conflito: ações educativas e psicossociais são adotadas com firmeza e responsabilidade. Mas a exposição pública dos alunos nunca será um caminho aceitável.

Conclamamos os administradores das páginas envolvidas a retirarem o conteúdo do ar e refletirem sobre o papel que ocupam na sociedade: informar é diferente de explorar. Escolher o que se publica também é um ato educativo.

Em nome da Direção, Coordenação, Equipe Psicossocial e todos os funcionários da Escola Estadual 31 de Março, reafirmamos nosso repúdio e reforçamos nosso compromisso com a educação, a dignidade e os direitos das nossas crianças e adolescentes.

Paz se ensina. Paz se constrói. Paz se protege.

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