quinta-feira, 11 setembro, 2025
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UFMT anuncia curso de Engenharia Agroindustrial em Pontal do Araguaia

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Campus Araguaia II, sediada em Pontal do Araguaia, anunciou a implantação do curso de graduação em Engenharia Agroindustrial, com início das aulas previsto para o período noturno em 2026.

O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (14) pela pró-reitora da unidade, Paula Carvalho, durante coletiva de imprensa na sede da prefeitura. Segundo ela, a criação do novo curso atende a uma demanda histórica da região.

Foto: Marcelo Borges

“Notei a necessidade de mais cursos na Unidade de Pontal que pudessem atender à demanda existente, corresponder à nossa realidade econômica e oferecer novas oportunidades aos nossos jovens”, afirmou Paula, lembrando que o último curso no Campus II, Engenharia de Alimentos, ocorreu há cerca de 20 anos.

A solenidade contou com a presença do prefeito Adelcino Lopo (MDB) e do vereador Claudio Freitas (PSB), responsável por articular, junto ao deputado federal Emanuelzinho Pinheiro (MDB), a liberação do curso.

Para Claudio Freitas, a chegada da Engenharia Agroindustrial será um marco para o município. “Esse curso vai impactar a economia de Pontal do Araguaia. Já estamos articulando também a implantação de Medicina Veterinária, que está diretamente ligada ao nosso agronegócio, setor em que o município é um dos destaques da região”, ressaltou.

Com o novo curso, a UFMT reforça seu papel como fomentadora do desenvolvimento local, aliando ensino superior ao potencial econômico regional.

Por AraguaiaNoticia.

PJC prende jovem por ameaçar de morte a avó de 65 anos no Araguaia

PORTO ALEGRE DO NORTE – Um jovem de 19 anos preso pela Polícia Civil por ameaçar a avó, em Porto Alegre do Norte.

A prisão ocorreu nesta quinta-feira (14.8), após denúncia da vítima, uma idosa de 65 anos. Segundo ela, há dias vinha sofrendo violência psicológica e ameaças de morte do neto. A vítima declarou ainda já ter sido agredida e ameaçada outras vezes por rapaz.

Foto: Reprodução

Diante dos fatos, a equipe policial dirigiu-se até o local e efetuou a prisão do suspeito, que tentou fugir, mas foi alcançado pelos policiais civis.

Após a prisão, o suspeito foi encaminhado até a delegacia, onde foram realizados os devidos trâmites legais e, posteriormente, colocado à disposição da Justiça.

Por Assessoria | Polícia Civil-MT.

Polícia Civil fecha laboratórios e prende dono por falsificações em exames em MT

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta sexta-feira (15.8), a Operação Contraprova, para cumprir 11 ordens judiciais contra os proprietários de uma rede de laboratórios em Mato Grosso, envolvida em fraudes e falsificações de exames laboratoriais.

A rede, identificada por meio de investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizava exames para diversos órgãos públicos, como a Câmara e a Prefeitura de Cuiabá, e também para clínicas médicas particulares, nutricionistas e um convênio médico, além de atender pacientes particulares.

Foto: Reprodução

Entre as ordens judiciais cumpridas na operação, estão a prisão preventiva do sócio responsável técnico pelo laboratório, busca e apreensão nas residências dos sócios e unidades da empresa, interdição judicial das três unidades, suspensão do registro de biomédico do sócio preso, suspensão de contratos do laboratório com o Poder Público e proibição dos sócios de contratar com órgãos públicos da União, Estados e Municípios.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Juiz de Garantias de Cuiabá, após manifestação favorável da 24ª Promotoria de Justiça, que estão sendo cumpridas com o apoio de policiais civis das delegacias de Sorriso e de Sinop, além de fiscais da Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá.

Ao final do inquérito, os investigados poderão ser indiciados nos crimes de estelionato, falsificação de documento particular, peculato e associação criminosa, cujas penas podem chegar a até 25 anos de prisão, além de multa.

Fatos apurados

As investigações começaram em abril deste ano, após denúncia recebida pela Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá de que um dos sócios e responsável técnico pelo laboratório estaria falsificando os resultados de exames. Na ocasião, a unidade foi interditada, e o investigado chegou a ser preso em flagrante delito.

O laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, realizando ainda exames de covid-19, toxicológico e de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Os laboratórios possuíam unidades nos municípios de Cuiabá, Sinop e Sorriso.

Porém, no decorrer das investigações, foi apontado que o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios, como afirmavam os sócios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise e os resultados dos laudos eram falsificados pelo sócio responsável técnico, que também é biomédico. Ele foi preso preventivamente nesta sexta-feira.

Durante o cumprimento dos mandados de buscas foram apreendidos armas, munições e diversos documentos.

Contraprova
O nome da operação faz referência à análise de contraprova, exame de confirmação destinado a verificar a veracidade de um resultado. O nome simboliza a atuação da Polícia Civil como verdadeira “contraprova” que desmascarou os resultados falsos emitidos pelos investigados.

Por Assessoria | Polícia Civil-MT.

Seminário Justiça Territorial reúne mais de 900 pessoas e debate sobre o direito de propriedade

O Seminário Justiça Territorial, realizado nesta quinta-feira (14.08), em Cuiabá, reuniu mais de 900 participantes e trouxe para o debate a segurança jurídica, equilíbrio entre direitos constitucionais e critérios técnicos mais claros nos processos de demarcação de terras indígenas. Promovido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) e a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o evento foi marcado por depoimentos e discussões em torno do marco temporal e dos impactos econômicos e sociais nos municípios.
 

Segundo o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, o tema exige equilíbrio entre os direitos dos povos originários e o direito de propriedade dos produtores rurais legalmente estabelecidos dentro dos princípios constitucionais. “Nós temos que ter o respeito da Constituição Federal, que estabelece o Marco Temporal das Terras Indígenas e também lutamos por segurança jurídica aos produtores e proprietários de terra, que estavam estabelecidos de forma legal nessas áreas que querem demarcar. Ou seja, nós queremos que seja respeitado o devido processo legal, que eles sejam indenizados e possam se estabelecer, sem ser expulso dessa área antes de ter o seu direito garantido”, ressalta.

Foto: Bruno Lopes/Aprosoja MT

O produtor rural Dalton Martini, associado ao núcleo de Sinop, relata o embate que tem enfrentado na propriedade familiar adquirida no final da década de 80 no município de Tabaporã. Segundo ele, a disputa judicial tem se arrastado, mesmo com a posse da área legalmente adquirida. “Nós estamos há 25 anos em uma briga jurídica que não tem fim e isso traz transtorno e prejuízo na produção rural. O que não se pode é você comprar uma área de terra, ter sua escritura, estar ali há anos, com duas, três gerações em cima, e alguém chegar e dizer que agora é terra indígena, como está acontecendo, então essas coisas realmente deixam a gente entristecido. À Aprosoja MT, a gente tem que agradecer sempre pelo trabalho da entidade, por estar junto dos produtores rurais, apoiando e nos ajudando”, conta.

Durante o evento, foi realizado um debate técnico sobre a Lei do Marco Temporal (Lei 14.701/2023) e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 24/2025, que prevê a transferência ao Congresso Nacional da competência para criação de áreas de preservação ambiental e demarcação de terras indígenas. O debate mostrou que há espaço para um marco legal transparente que respeite simultaneamente os direitos indígenas e os direitos civis dos produtores e municípios.

Um dos principais destaques do seminário foram os encaminhamentos propostos pela Aprosoja MT e AMM, que têm como objetivo garantir segurança jurídica nos processos de demarcação de terras indígenas, com respeito à Constituição. Entre os pontos, a entidade defende que qualquer nova demarcação ou a revisão de terras já homologadas, devem passar previamente pelo Congresso Nacional. Além disso, propõe que estados e municípios participem desde o início desses processos, com direito de manifestação e contribuições da sociedade civil, e as revisões de terras só deveriam ocorrer dentro de um prazo de até cinco anos após a homologação, e que, quando não houver comprovação de ocupação indígena tradicional até 1988, deve-se respeitar o direito dos produtores com posse legal e se o reassentamento for inviável, a União deve indenizar de forma justa pela terra e as benfeitorias, garantindo inclusive o direito de permanência do produtor na área até que o pagamento seja feito.

O presidente da AMM, Leonardo Bortolin, ressaltou a relevância do seminário para o fortalecimento dos municípios e a busca por soluções que contemplem todos os envolvidos. “Mais um evento de muito sucesso, que nasce da parceria entre a Aprosoja Mato Grosso e a AMM, no intuito de, mais uma vez, debater um tema que é fundamental, não somente para o produtor, mas para a vida econômica dos municípios mato-grossenses. Nós procuramos o equilíbrio entre aquela população originária e aqueles que produzem e que ajudam a movimentar e fomentar a economia, de maneira macro, mato-grossense e a nacional”, acrescenta.

A deputada federal por Mato Grosso, Coronel Fernanda, destaca a importância da união entre as forças políticas e setores. “A nossa luta na Câmara Federal tem sido intensa na defesa para que o produtor e o estado de Mato Grosso não tenham tanto prejuízo, os municípios também, porque muitas vezes certas pautas são jogadas diretamente só para os produtores, mas na verdade ela atinge também os municípios. E, por isso, a importância de prefeitos, vereadores, deputados, senadores e governadores estarem juntos na defesa de tudo que é relacionado a isso”, afirma.

Para o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi, o debate é essencial para que se encontre um caminho que ofereça segurança a todos. “O seminário é importante para a gente poder fazer esse debate, que é um tema que aflige muitos dos nossos produtores, muito dos nossos municípios, a população de uma maneira geral. É segurança jurídica, é tranquilidade ao homem do campo, é tranquilidade ao indígena também, para que a gente possa conviver bem, cada um respeitando o que é seu por direito, mas não de forma abrupta buscar uma demarcação que muitas vezes não foi discutida e que acaba causando transtorno e um caos muito grande nos municípios”, explica.

O “Seminário Justiça Territorial – Respeito aos direitos civis nos processos de demarcação de terras indígenas”, reuniu autoridades e produtores rurais de diversos municípios. O dispositivo foi composto pelo presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber; pelo presidente da AMM, Leonardo Bortolin; o presidente da ALMT, Max Russi; o secretário de desenvolvimento econômico de Mato Grosso, Cesar Miranda; os deputados federais Coronel Fernanda, Coronel Assis e José Medeiros; os senadores Wellington Fagundes e Jaime Campos; os deputados estaduais Janaina Riva, Nininho, Dr. Eugênio e Valmir Moretto; e o presidente da Associação Waymarê do povo indígena Haliti Paresi, Edson Kazumazakae.

A iniciativa reforça a urgência de um debate amplo e transparente sobre a demarcação de terras indígenas. A expectativa é de que as propostas e reflexões surgidas no evento promovido pelas entidades, sejam levadas ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional e contribuam para a construção de um marco legal que respeite os direitos constitucionais dos produtores rurais.

Por Vitória Kehl Araujo.

Barra do Garças poderá ter um dos maiores resorts do Brasil

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Barra do Garças está prestes a receber um dos empreendimentos mais ambiciosos do turismo brasileiro: o Bayit Barzilay, parte do Projeto Mais Turismo. Com uma área de abrangência de 600 quilômetros que envolve seis estados — Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal — e nada menos que 517 cidades, o projeto se apresenta como uma oportunidade estratégica para empresários dos setores de hotelaria, gastronomia e eventos.

Foto: Reprodução

Localizado a apenas 54 km de Barra do Garças, com acesso facilitado pela BR-070, o empreendimento ocupa um terreno de 12,1 milhões de metros quadrados, sendo 98% de mata nativa preservada e contando com 14 fontes de águas termais. O cenário natural privilegiado é complementado por um projeto que alia bem-estar, preservação ambiental e turismo sustentável.

VISÃO DE FUTURO

A ideia nasceu em 1973, quando o empresário Valeriano de Castro Silva se inspirou no sucesso turístico de Caldas Novas (GO). Décadas depois, em 2021, Jurandyr Junior assumiu o desafio de dar um novo rumo ao projeto, incorporando planejamento moderno e inovação.

Na primeira fase, o Bayit Barzilay oferecerá atrações como parque termal, Rio Quente, Praia da Abóbora, lago com 49.400 m² e experiências de total integração com a natureza.

MOTIVOS PARA INVESTIR

Os organizadores destacam um portfólio de atrativos que vai muito além do lazer. Entre eles:
• Complexo hoteleiro
• Parque aquático natural
• Usina solar
• Área para motorhome e camping
• Praia artificial
• Tuná Parque Thermal
• Resort e lofts Rio Quente
• Espaço religioso
• Parque náutico
• Mirante do Telégrafo
• Parque das Flores
• Condomínios e áreas residenciais

Segundo o projeto, trata-se de um modelo de negócios diversificado, alinhado ao crescimento do turismo de luxo e sustentável no Brasil, gerando múltiplas fontes de receita para investidores.

Em Mato Grosso, o turismo cresceu 13% em 2023, e o setor hoteleiro no país projeta R$ 8,4 bilhões em novos contratos até 2028. Barra do Garças, já consolidada como um dos principais polos de ecoturismo do país, deve ganhar ainda mais relevância com a implementação do Bayit Barzilay.

 

Por Semana 7.

Obras da FICO avançam e canteiro de Água Boa deve iniciar no segundo semestre de 2026

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As obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) já alcançaram 22,5% de avanço total. Atualmente, equipes atuam em 8 dos 11 segmentos em que a ferrovia foi subdividida, realizando serviços que vão desde terraplenagem e construção de obras de arte especiais até a implantação da superestrutura ferroviária.
Foto Infra S.A.

Segundo informações repassadas pela Infra S.A. ao portal Informa Araguaia, o início das atividades no canteiro de obras em Água Boa (MT) está previsto para o segundo semestre de 2026.

Foto Infra S.A.

Integração e escoamento da produção

Com 888 quilômetros de extensão, a FICO é estratégica para o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste. Do total, 383 quilômetros ligam Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT) e outros 505 quilômetros vão de Água Boa a Lucas do Rio Verde (MT). A ferrovia permitirá o transporte de soja e milho do centro-norte de Mato Grosso — maior região produtora de soja do Brasil — até a Ferrovia Norte-Sul, conectando aos portos de São Luís (MA), Santos (SP) e Paranaguá (PR).

O projeto é conduzido pela Infra S.A. desde 2010, quando foi finalizado o projeto básico do trecho Campinorte (GO) – Água Boa (MT). Em 2012, foi concluído o estudo para o segmento entre Água Boa e Lucas do Rio Verde.

Foto Infra S.A.

Alterações no traçado e ganhos operacionais

Uma revisão técnica atualizou e otimizou o traçado original, alterando o ponto inicial de Campinorte para Mara Rosa, sem aumento no custo de implantação. A mudança melhorou a ligação com a Ferrovia Norte-Sul e trouxe ganhos operacionais relevantes.

Investimento Cruzado e construção

Em dezembro de 2020, foi formalizado o investimento cruzado para o trecho de Mara Rosa a Água Boa, por meio da assinatura do Anexo 9 do 3º Termo Aditivo ao contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), celebrado entre a Infra S.A., a Vale e a ANTT, com base na Lei nº 13.448/2017.

A Vale é responsável pela construção do primeiro trecho, de 383 quilômetros, que atravessa municípios de Goiás — Mara Rosa, Alto Horizonte, Nova Iguaçu de Goiás, Santa Terezinha, Crixás, Nova Crixás e Aruanã — e Mato Grosso — Cocalinho, Nova Nazaré e Água Boa.

A segunda etapa, entre Água Boa e Lucas do Rio Verde, será executada posteriormente.

Foto Infra S.A.
Foto Infra S.A.
Por Informa Araguaia com Infra S.A.

Bebê indígena de MT viraliza com dança em ritual no Xingu: veja vídeo

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O bebê indígena Walama Aris, de 1 ano e sete meses, do povo Yawalapiti, que vive no Território Indígena do Xingu, em Mato Grosso, viralizou em um vídeo publicado no Instagram da BBC News Brasil, na terça-feira (12).

O bebê indígena Walama Aris, de 1 ano e sete meses, do povo Yawalapiti

No vídeo, que já alcançou 1,4 milhão de visualizações, o pequeno indígena dança como parte do ritual Kuarup, cerimônia realizada como forma de homenagear e se despedir dos parentes que morreram.

Nas cenas fofas, o bebê, que ainda usa um calçado Crocs, aparece com pinturas corporais e vestes coloridas, típicas do ritual, e acompanha, lado a lado, os demais homens da aldeia.

Veja o vídeo:

 

Por MidiaNews.

Agro faz MT liderar saldo da balança comercial no 1º semestre

Mato Grosso alcançou o primeiro lugar no saldo da balança comercial brasileira, no primeiro semestre de 2025, com 45,08% de participação no superávit nacional, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Os dados foram compilados pelo Observatório do Desenvolvimento, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Foto: Reprodução

A performance reforça a vocação econômica do Estado, impulsionada principalmente pelo agronegócio.

No total, Mato Grosso exportou US$ 14,6 bilhões e importou US$ 1,12 bilhão no período, o que resultou em um saldo positivo de US$ 13,57 bilhões.

Em relação ao primeiro semestre de 2024, quando Mato Grosso representava 35,86% do saldo nacional, o aumento da participação do Estado na balança comercial foi de aproximadamente 25,7%.

O resultado se deve, sobretudo, à robustez das vendas externas de produtos agropecuários.

No primeiro semestre de 2025, o setor foi responsável por US$ 10,85 bilhões das exportações de Mato Grosso, consolidando o Estado como o maior exportador do setor no Brasil. Isso equivale a 27,71% de toda a exportação agropecuária nacional.

Entre os produtos com maior peso, destacam-se a soja, o milho e o algodão. Mato Grosso respondeu por 68% das exportações brasileiras de algodão, movimentando US$ 1,69 bilhão no semestre.

Também liderou a exportação de milho, com 34,41% da participação nacional e US$ 511,92 milhões embarcados.

Já a soja, principal produto da pauta, rendeu US$ 8,46 bilhões ao Estado, o equivalente a 33,27% das exportações brasileiras do grão.

Em contrapartida, as importações representam uma pequena fatia da movimentação comercial de Mato Grosso, que respondeu por apenas 0,83% das compras brasileiras no exterior no período.

Os principais produtos importados foram insumos essenciais à produção agrícola, como adubos, inseticidas, maquinários e peças de reposição para colheita.

Segundo o secretário-adjunto de Indústria, Comércio e Incentivos Programáticos, Anderson Lombardi, o avanço de Mato Grosso no comércio exterior reflete não apenas a força do setor produtivo, mas também o esforço do Estado em criar um ambiente favorável aos negócios.

“O bom desempenho de Mato Grosso na balança comercial é resultado de um setor produtivo eficiente e de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da economia, com destaque para os incentivos fiscais, programas de apoio à industrialização e à exportação. A Sedec tem atuado de forma integrada com o setor privado para ampliar a competitividade do Estado e atrair novos investimentos”, afirmou.

Por DiáriodeCuiabá.

Quem é contra a Ferrogrão não defende o meio ambiente, diz Mauro Mendes

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Ser contra a construção da Ferrogrão, a linha férrea que pretende ligar os estados do Mato Grosso e Pará para facilitar o transporte de grãos, não significa defender o meio ambiente.

Essa é a percepção do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil). Para ele, esse posicionamento desconsidera a redução de emissões de carbono na comparação com o transporte rodoviário e impede que a competitividade do agronegócio brasileiro aumente.

Para o governador de Mato Grosso, país tem de pensar em soluções para estimular competitividade do agro – Foto: Reprodução/Fórum de Lisboa

“Essas pessoas que se dizem contra a Ferrogrão estão defendendo tudo, menos o meio ambiente. É impossível colocar em uma planilha uma comparação de emissão de carbono que poderíamos ter em uma ferrovia com 2 mil carretas queimando óleo diesel”, disse ele durante o painel “Agronegócio e segurança alimentar global: desafios para a cooperação” do XIII Fórum de Lisboa, promovido no mês passado.

Mendes afirmou que o Brasil, no posto de maior exportador de alimentos do mundo, precisa superar suas dificuldades internas se quiser que sua produção acompanhe o ritmo de crescimento da demanda por alimentos nas próximas décadas.

A principal fragilidade seria a dependência por fertilizantes importados, mas aspectos de infraestrutura e logística precisam ser debatidos com a mesma urgência, diz o governador.

“O Brasil teima em não buscar soluções adequadas para viabilizar uma metodologia mais eficiente para que tenhamos mais competitividade no agronegócio”, afirmou.

Economia e sustentabilidade

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, também participou do painel e destacou a importância da ferrovia para a economia mato-grossense.

“Se ela fosse implantada, mais de R$ 8 bilhões ficariam dentro do estado do Mato Grosso, (que) seriam economizados de frete, o que traria mais riqueza e prestação de serviços públicos à população do estado. E, acima de tudo, na emissão de carbono. 3,4 milhões de toneladas por ano a menos seriam emitidas. Ou seja, uma grande aliada da sustentabilidade”, afirmou.

Já a deputada estadual mato-grossense Janaína Riva (MDB) falou sobre conciliação entre preservação ambiental e o avanço da produção agropecuária. Segundo ela, o estado, que é o maior produtor de grãos do país, tem 60% de sua área “intacta”. Essa harmonia, sustenta, passa pela elaboração de políticas adequadas.

“A defesa da produção sustentável vai muito além do campo e passa necessariamente pelo Parlamento. Dentro da Assembleia, nossa missão tem sido garantir que o produtor que cumpre a lei não seja punido”, disse.

Por fim, o professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Marcos Marrafon sugeriu olhar o tema da segurança alimentar sob o ponto de vista do direito fundamental.

“A interpretação do Direito e da Constituição tem que ser pensada enquanto unidade e equilíbrio entre o desenvolvimento sustentável, o desenvolvimento econômico e, especialmente, a garantia de segurança alimentar enquanto fundamento da dignidade da pessoa humana.”

Por Conjur.

Mauro Mendes defende cobrança aos países ricos: “o Brasil não vai salvar o planeta sozinho”

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O governador Mauro Mendes defendeu que o Brasil, durante a Conferência do Clima (COP 30) deste ano, cobre os países de primeiro mundo quanto aos compromissos não cumpridos da redução das emissões de carbono.

Mauro participou da reunião do Fórum dos Governadores, na manhã desta quarta-feira (13.8), em Belém (PA), que vai sediar o evento este ano.

Crédito – Secom

“A Organização das Nações Unidas (ONU) soltou um levantamento sobre os compromissos que os países fizeram nessas conferências do clima para reduzir suas emissões. 75 países cumpriram 1% do combinado quando deveriam ter cumprido, no mínimo, 45%. Nessa COP, é relevante cobrar dos países que não façam mais compromissos, e sim cumpram o que já prometeram”, relatou.

De acordo com o governador, ao invés de reduzir a poluição, os países ricos aumentaram a emissão de poluentes. Enquanto isso, o Brasil responde por apenas 3% das emissões globais e preserva cerca de 60% do território.

“Nós temos que preservar, mas não podemos achar que representando 3% das emissões nós vamos conseguir salvar o planeta. Não podemos aceitar que eles venham novamente aqui, na nossa casa, colocar o dedo na nossa cara e dizer aquilo que nós devemos fazer com as nossas florestas e com os nossos biomas, quando eles não cumprem aquilo que foi combinado com o mundo e com todos nós”, criticou.

Mauro afirmou que é preciso defender o desenvolvimento sustentável, com a exploração consciente dos recursos naturais.

“Os EUA está aumentando o consumo de xisto, uma atividade altamente poluente. A China continua queimando carvão. Enquanto isso, se formos abrir quatro campos de futebol na Floresta Amazônica pra explorar potássio, aí não pode porque tratam como se fosse destruir o planeta. Nossa energia é majoritariamente limpa e poucos países do mundo podem dizer isso”, concluiu.

O evento

A COP 30 está marcada para ocorrer de 10 a 21 de novembro em Belém (PA).

O evento deve reunir representantes de mais de 190 países para negociações, debates, seminários e encontros sobre as mudanças climáticas globais.

Por Araguaia Noticia.