quarta-feira, 17 dezembro, 2025
Início Site Página 7

Penitenciária de Água Boa conclui reforma e amplia ala para 90 reeducandos

0

A Penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva, em Água Boa, ganhou a reforma completa e ampliação da ala de custodiados extramuros na unidade. Um grupo de reeducandos foi responsável pela obra, concluída nesta terça-feira (25.11).

Com a reforma, o local ampliado e reestruturado passa a atender até 90 reeducandos, em um ambiente com melhores condições de habitabilidade, organização e higiene.

Foto: Sejus-MT/Reprodução

O local possui 90 camas de alvenaria, banheiros, lavanderia e copa. A construção do espaço foi possível por meio da qualificação dos reeducandos, com aplicação e execução prática do conhecimento adquirido por meio de capacitação nas áreas de construção e decoração de ambientes.

“Além de beneficiar os recuperandos, o espaço agora proporciona melhores condições de trabalho e mais segurança para os policiais penais, garantindo que os procedimentos diários sejam realizados de forma organizada, eficiente e segura”, explicou o diretor da penitenciária, Gilberto Oliveira.

A construção do espaço representa o compromisso da Secretaria de Justiça na garantia de infraestrutura de qualidade no Sistema Penitenciário de Mato Grosso.

Por Wilerson Macedo | Sejus-MT.

Fazenda em Pontal do Araguaia possui cerca de 9 mil pés de pequi

O produtor rural de Pontal do Araguaia, Leximar Parreira Sia, conhecido como “Alex” relembra um pouco sua trajetória no plantio do fruto na cidade e conta como foi a reação das pessoas quando ele resolveu abrir mão da agropecuária, um ramo de sucesso no estado de Mato Grosso, para investir na plantação dos pés de pequi.

Foto: REPRODUÇÃO/INTERNET

O proprietário da Fazenda Recanto dos Guerreiros, ficou conhecido no ano de 2024 ao participar da competição do maior fruto do 4º Festival Regional do Pequi em Pontal do Araguaia e ganhar com um pequi de 2,482 kg. O recorde foi registrado oficialmente pela equipe do Rank Brasil.

Hoje, Alex exporta o fruto para diversas cidades do estado de Mato Grosso e também cidades do estado de Goiás, como Goiânia, Anápolis, Rio Verde e até para o Distrito Federal.

Com orgulho ele afirma que hoje sua fazenda é o maior produtor de pequi da cidade com incríveis 9 mil pés.

Da Redação.

Polícia Militar prende em Ribeirão Cascalheira suspeito por homicídio em Água Boa

0

Policiais militares do 1º Pelotão de Ribeirão Cascalheira prenderam em flagrante, nesta segunda-feira (24.11), um homem suspeito pelo homicídio de Magno Gomes da Silva, de 36 anos. As equipes apreenderam uma arma de fogo e seis munições deflagradas, em uma caminhonete modelo Chevrolet S10. O crime ocorreu em Água Boa (635 km de Cuiabá).

Os policiais militares receberam informações sobre uma tentativa de homicídio, em uma residência, no bairro Guarujá. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para socorrer a vítima, que foi encaminhada até o Hospital Regional de Água Boa, porém não resistiu aos ferimentos e veio à óbito, na unidade de saúde.

A mãe de Magno relatou que o então autor dos fatos é seu ex-namorado, que não aceitava o término da relação, que durou aproximadamente dois anos. Ela ressaltou que o suspeito sempre a tratava mal, enquanto estavam juntos. Desde a separação, o homem costumava ir a sua casa tentar reconciliação.

Nesta segunda, o suspeito passou ameaçá-la. Magno tentou intervir e iniciou uma discussão com o denunciado. Em certo momento, o indivíduo foi até a sua caminhonete, pegou uma arma de fogo e efetuou diversos disparos contra a vítima. Magno foi encontrado caído de frente ao imóvel.

A mãe da vítima tentou segurar o suspeito, mas foi agredida. Em seguida, o homem fugiu em alta velocidade, sentido ao município de Ribeirão Cascalheira. Diante dos fatos, os policiais militares reforçaram o policiamento em toda região e localizaram o condutor em um trecho da BR-158.

Na abordagem, policiais militares apreenderam um revólver calibre .22 com seis munições deflagradas. O suspeito confessou o crime aos agentes e, em seguida, foi encaminhado à delegacia para o registro do boletim de ocorrência.

Disque-denúncia

A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.

Por Wellyngton Souza | PMMT.

Polícia Militar apreende drogas e desarticula ponto de venda em casa do bairro Nova Canarana

0

CANARANA – A Polícia Militar de Canarana realizou, na noite de segunda-feira (24), uma ação que resultou na apreensão de porções de cocaína, maconha, dinheiro, embalagens e uma balança de precisão em uma residência situada na Rua Planalto, no bairro Nova Canarana. O local já era conhecido pelas forças policiais como ponto de comércio de drogas.


Segundo o boletim, a equipe realizava rondas pelo bairro quando avistou um homem em frente à residência. Ao perceber a aproximação da viatura, ele tentou entrar rapidamente no imóvel, mas acabou arremessando um invólucro para o interior da casa. A atitude levantou suspeita e motivou a abordagem.

Dentro da residência, os policiais encontraram diversas porções de cocaína, maconha, embalagens tipo zip lock, uma balança de precisão, dois celulares e R$ 570 em dinheiro. Uma motocicleta utilizada para entrega de entorpecentes também foi apreendida.

Durante a ocorrência, havia crianças no local, o que levou ao acionamento do Conselho Tutelar, que compareceu e assumiu os cuidados imediatos.

De acordo com o relatório policial, um adolescente estaria sendo utilizado por adultos para auxiliar na venda dos entorpecentes, caracterizando corrupção de menores. Todos os suspeitos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil junto ao material apreendido.

A Polícia Militar destacou que a ação contou com apoio de outra guarnição e que todos os conduzidos foram apresentados sem lesões.

Da Redação.

Instituto diz que Mendes tem 51%; Janaina, 31%; e Jayme 14%

0

O levantamento do Instituto MT Dados, divulgado nesta segunda-feira (24), mostrou que – caso a eleição para Senado Federal fosse hoje – o governador Mauro Mendes (União) seria o primeiro eleito, com 51%.

A pesquisa foi divulgada pelo site FolhaMax e soma as intenções de votos entre primeiro e segundo voto. Na eleição do ano que vem, serão eleitos dois senadores.

Foto: Reprodução

A deputada estadual Janaina Riva (MBD) aparece como a segunda mais votada com 31%. O senador Jayme Campos (União) registra 14% das intenções de votos, conforme o Instituto.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD) e o deputado federal José Medeiros (PL) aparecem empatados com 12,1%.

O ex-governador Pedro Taques (sem partido) soma 7,8%; o ex-presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan (PTB) aparece com 4,2%; e a suplente de senadora Margareth Buzetti (PP) tem 2,7% das intenções de voto.

Não sabem em quem votar somam 57,6% dos entrevistados e nulos e Brancos somam 7,6%.

A pesquisa ouviu 3.080 pessoas — sendo 1.540 entrevistas presenciais e 1.540 realizadas via recrutamento pelas redes sociais, entre os dias 7 e 14 de novembro.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Veja o gráfico:

 

Por MidiaNews.

Canarana é habilitada pelo PAC para contratar R$ 18,4 milhões destinados à gestão de resíduos sólidos

0

CANARANA – O município de Canarana (MT) foi habilitado pelo Governo Federal para avançar na contratação de R$ 18,4 milhões junto ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os recursos são específicos para ações de gestão e tratamento de resíduos sólidos urbanos.

A habilitação confirma que a proposta técnica encaminhada pela prefeitura foi aprovada e seguirá agora para validação do agente financeiro responsável. Somente após essa etapa o valor poderá ser efetivamente contratado.

Cidade de Canarana; Foto – RF Imagens.

Com o investimento previsto, o município poderá executar obras e melhorias voltadas à modernização da coleta, implantação ou ampliação de estruturas de disposição final dos resíduos, sistemas de triagem e demais ações relacionadas ao manejo adequado dos resíduos sólidos.

Os recursos vêm da linha de financiamento do FGTS, destinada a municípios que buscam fortalecer sua infraestrutura urbana e ambiental. A inclusão de Canarana no programa representa um passo importante para o avanço das políticas de gestão de resíduos no município.

A habilitação não significa liberação imediata dos valores, mas assegura que Canarana está apta a prosseguir para as fases finais de contratação dentro do PAC.

Da Redação.

Justiça devolve fazenda de R$ 2 bilhões em Canarana às famílias Maggi e Golin

0

A Justiça de São Paulo reverteu, em setembro, uma sentença de 1ª instância e devolveu às famílias Maggi e Golin o controle da fazenda Cocal, em Mato Grosso, avaliada em mais de R$ 2 bilhões.

A informação foi publicada no site O Bastidor, em reportagem assinada pelo jornalista Alisson Matos. O texto revela detalhes da decisão, que corre em segredo de Justiça e envolve a família de Yssuyuki Nakano, morto em 2021, além de Eraí Maggi e Joselito Golin.

Eraí Maggi, que sai favorecido em decisão judicial
Foto: Reprodução

Com uma área de 37 mil hectares, a propriedade é disputada pelas empresas Bom Futuro (da família Maggi) e JAP Empreendimentos (da família Golin), que afirmam ter adquirido o imóvel em 2006 de Yssuyuki.

Nakano separou-se da esposa em 2016. Desde então, sua ex-companheira sustenta que o imóvel deveria integrar a partilha de bens, alegando que ele utilizou empresas de “laranjas” para ocultar patrimônio durante o casamento.

Em 2016, a 1ª instância havia anulado as vendas e reconhecido a existência de fraude patrimonial.

Leia a reportagem na íntegra: 

Uma decisão de setembro da 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo reverteu sentença da 1ª instância e devolveu a duas das maiores famílias de agricultores do Brasil o controle da fazenda Cocal, em Mato Grosso. Ela tem 37 mil hectares e é avaliada em mais de 2 bilhões de reais. A propriedade é usada para plantar grãos como milho e soja.

São eles Eraí Maggi, primo do ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi e conhecido como rei da soja, e familiares de Joselito Golin. Ambos têm forte influência no estado.

O acórdão assinado pela desembargadora Maria Lia Pinto Porto Corona, acompanhada pelos magistrados José Rubens Queiroz Gomes e Ademir Modesto de Souza, desconsiderou decisão anterior que reconhecia a existência de um grupo econômico oculto, o uso sistemático de laranjas e a simulação de negócios envolvendo fazendas bilionárias localizadas no interior de Mato Grosso.

O processo, que corre em sigilo, trata dos bens do empresário Yssuyuki Nakano, morto em 2021.

A disputa judicial opõe o grupo liderado por Maggi à parte da família de Nakano, que foi dono da fazenda Cocal. Ele comprou a propriedade no início dos anos 1990 e a vendeu em 2006 para o grupo liderado por Maggi e Golin. No meio da compra e venda, separou-se da esposa, que hoje briga para ter o direito de propriedade sobre bens do ex-marido.

O Bastidor teve acesso com exclusividade aos autos e a documentos apresentados pelas partes. São matrículas, procurações, confissões de dívida e atos societários que deixam precedentes para contestações futuras em tribunais superiores.

A decisão da 1ª instância havia sido proferida em 2016, pelo juiz Guilherme Humberto, da 9ª Vara Cível de Campinas. O magistrado concluiu que Nakano utilizou empresas administradas por laranjas para afastar da partilha de bens propriedades rurais adquiridas por ele durante seu casamento. O objetivo era restringir o acesso da família à parte significativa do patrimônio.

Segundo o magistrado, as companhias Agropecuária Vanguarda Norte S/A, Guainco Agropecuária Ltda. e Agropecuária Canaan Ltda, donas da fazenda Cocal, tinham administração formal em nome de terceiros, mas eram operadas de fato por Nakano.

O juiz levou em consideração informações nas matrículas das fazendas. A partir de 2001, as áreas que compõem a Cocal passaram a ser questionadas em outras ações judiciais, penhoras e ordens de indisponibilidade. As citações em processos paralelos, segundo o magistrado, confrontam argumentos de que os compradores desconheciam o imbróglio judicial com os bens do empresário.

O juiz também cita o histórico de expansão do patrimônio de Nakano durante o período em que esteve casado. A sentença concluiu que a estrutura empresarial servia para separar formalmente bens adquiridos ao longo do casamento, impedindo que fossem incluídos na divisão patrimonial após a separação.

O juiz determinou que as vendas realizadas deveriam ser anuladas, com exceção daquelas comprovadamente destinadas a terceiros de boa-fé. Entre as áreas afetadas estavam glebas integrantes da fazenda Cocal.

As empresas Bom Futuro Campo Verde Agropecuária Ltda, de Maggi, e JAP Empreendimentos, dos Golin, recorreram pedindo que o Tribunal de Justiça preservasse a validade das compras realizadas em 2006.

No recurso, afirmaram que adquiriram as fazendas Cocal, Copacabana e Boa Vontade por meio de escrituras públicas regulares, após negociação direta com as empresas Vanguarda Norte S/A e Guainco Agropecuária Ltda., e que não tinham relação com os conflitos familiares envolvendo Nakano e sua ex-esposa.

As duas empresas sustentaram ainda que não mantinham qualquer vínculo societário, comercial ou pessoal com Nakano, alegando que a compra foi uma operação puramente comercial entre companhias do agronegócio.

Outro ponto central dos argumentos foi o de que as aquisições ocorreram após a separação de fato do casal, em 2000, marco temporal reconhecido pelas próprias partes. Com isso, Bom Futuro e JAP alegaram que não haveria possibilidade de fraude contra a partilha, pois os bens já estariam sob administração exclusiva das empresas de Nakano. As compradoras afirmaram não ter participado das decisões internas das companhias vendedoras nem ter conhecimento de disputas patrimoniais entre o ex-casal.

As empresas também defenderam a boa-fé objetiva na celebração dos contratos. Alegaram que pagaram preço regular, que as matrículas apresentadas no momento da compra não impediam a transmissão da propriedade e que eventual litígio envolvendo os antigos proprietários não fora comunicado ou demonstrado de forma a comprometer a segurança jurídica das operações. Para as recorrentes, as averbações existentes eram atos administrativos usuais, que não inviabilizavam a negociação.

No acórdão de 25 de setembro de 2025, a desembargadora Lia Porto diz que a ex-esposa “sempre teve ciência de todos os bens envolvidos” e que acompanhou “por muitos anos” a movimentação patrimonial das empresas, inclusive “percebendo numerário em não poucas vezes”.

O acórdão registra que “nunca houve surpresa ou espanto” da autora quanto aos negócios firmados por Nakano e destaca que ela própria teria possuído poderes de administração em determinado período. A magistrada também rejeita a alegação de que a existência de averbações de litígio nas matrículas invalida a boa-fé dos compradores. Para a desembargadora, a autora “acompanhou a venda e o destino dos imóveis negociados, sem nunca ter questionado diretamente a venda das fazendas”.

A 7ª Câmara conclui ainda que as transações realizadas por Maggi e pela família Golin “foram formalizadas por escritura pública, dotadas de boa-fé e nunca antes impugnadas”. Não há, para os magistrados, elementos que indiquem simulação, fraude ou desvio de patrimônio comum.

A desembargadora determina a preservação da eficácia das compras realizadas em 2006, mantendo as propriedades sob controle das empresas ligadas às famílias Maggi e Golin.

Da Redação.

Dinetec Canarana se consolida como a feira agro que mais cresce no Brasil e projeta novo salto em 2026

0

A apenas uma década de sua criação, a Dinetec Canarana alcançou um patamar de destaque nacional e já é considerada a feira agro que mais cresce no Brasil. O evento, que em seus primeiros anos recebia cerca de 1.500 visitantes, ultrapassou a marca de 14 mil pessoas em 2025, reunindo produtores, investidores, empresas e representantes do agronegócio de todo o país.

O volume de negócios acompanha o ritmo acelerado da expansão: em 2025, a feira movimentou R$ 2,7 bilhões — crescimento superior a 17 vezes em relação ao início da sua história. Para organizadores e expositores, o avanço expressivo revela não apenas o fortalecimento da feira, mas a capacidade do agronegócio brasileiro de incorporar tecnologia, ampliar produtividade e promover conexões estratégicas.

Foto: Agência da Notícia



Mais do que números, a Dinetec se tornou um símbolo da força do agro em Mato Grosso e no país, reunindo em um único espaço inovação, conhecimento e a união de quem impulsiona a produção no campo.

Em 2026, a feira volta a abrir oficialmente o calendário do agronegócio brasileiro. Marcada para os dias 14 a 16 de janeiro, em Canarana (MT), a nova edição promete ampliar ainda mais o número de expositores e gerar novas oportunidades de negócios para todos os setores da cadeia produtiva.



Empresas interessadas em participar já podem garantir seus estandes. A organização destaca que a procura tem sido intensa e reforça que essa é a oportunidade ideal para quem deseja se conectar com tomadores de decisão, compradores e investidores.

Os contatos comerciais podem ser feitos pelo link disponível na bio da Dinetec.

Com resultados crescentes e reconhecimento nacional, a Dinetec Canarana segue escrevendo sua história como um dos principais pontos de encontro do agro brasileiro.

Por Agencia da Noticia.

Capital do Pequi em Mato Grosso deve aumentar em 30% colheita até dezembro

0

Produtores da agricultura familiar de Ribeirão Cascalheira projetam para 2025 um aumento de 30% na colheita de pequi, alcançando cerca de 520 toneladas. A nova safra já movimenta o mercado: nove revendedores iniciaram as compras para abastecer Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, além dos polos de Itumbiara, Rio Verde e Cuiabá.

Agricultura familiar de Ribeirão Cascalheira aposta no incremento de 30% na colheita do pequi em 2025 – Foto por: Assessoria

A caixa com 30 quilos é vendida a R$ 1 o quilo. “O pequi sustenta 1,5 mil famílias de agricultores familiares nessa época do ano. No ano passado, vendemos 400 toneladas. A produção neste ano chega a 1,2 mil caixas ao dia”, destaca o técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) na unidade estratégica de Ribeirão Cascalheira, território do Médio Araguaia, Carlos Alberto Quintino.

Considerada pelos atacadistas a capital do pequi em Mato Grosso no período da colheita, Ribeirão Cascalheira concentra uma safra que se estende por cerca de 100 dias. A colheita começou em 15 de outubro e vai até meados de dezembro. “É uma importante fonte de renda para os agricultores familiares. Oitenta por cento do pequi é proveniente do extrativismo. A Empaer faz o papel de orientação e visita a esses agricultores familiares”, destaca o técnico.

Ele destaca que o pequi da região é nativo. “O tipo de solo favorece à cultura”. A Central Estadual de Abastecimento, mercado atacadista de produtos hortifrutigranjeiros, no Distrito Industrial de Cuiabá, é a principal compradora e distribui para todo o Estado. “A Ceasa é a maior compradora de Cuiabá, Várzea Grande, Primavera do Leste e Rondonópolis”, destaca Carlos Quintino.

Comprador de pequi nesta época do ano na região de Ribeirão Cascalheira, da empresa Top Frutas de Cuiabá, Evanir Gonçalves da Silva distribui o produto para Goiânia, Brasília, Itumbiara, Rio Verde, Cuiabá, Montes Claros, Minas Gerais, entre outras regiões. “É um pequi de qualidade”, garante. “Estou carregando uma média de dois caminhões por dia. A média é de 1,2 mil caixas ao dia e 40 mil caixas por colheita”, diz.

Ribeirão Cascalheira possui aproximadamente 280 hectares de área com a cultura do pequi, sendo 150 hectares de plantas nativas e 130 hectares de plantio, feito para reflorestar áreas degradadas e para recuperação de áreas de proteção permanente (APP).

Por Andréa Haddad | Seaf/Empaer.

Governo de Mato Grosso aciona STF contra decreto ilegal de Lula

0

O Governo de Mato Grosso entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os efeitos do decreto assinado pelo presidente Lula, que amplia a Terra Indígena Manoki, em Brasnorte, de 46 mil para 252 mil hectares, por ser inconstitucional.

O pedido foi protocolado nesta semana e está anexado na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 87, sob relatoria do ministro Gilmar Mendes.

O governador Mauro Mendes
Crédito – Mayke Toscano/Secom

Na ação, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) alegou que o ato do presidente viola a Lei 14.701/2023 (que estabelece o marco temporal).

“A tentativa de ampliação revela grave afronta ao princípio da legalidade, pois desconsidera o artigo 13 da nova lei, que veda de forma expressa a ampliação de terras já homologadas”, diz trecho do documento.

Outro ponto-chave da ação é a ausência de comprovação de ocupação indígena na nova área até 5 de outubro de 1988, que é o marco estabelecido para reconhecimento de terras tradicionais.

A PGE afirmou que há registros históricos e jurídicos que comprovam que a área “foi ocupada por famílias não indígenas desde a década de 1950, com plena ciência do poder público”.

“Não há vestígios materiais, registros ou presença cultural que indiquem ocupação indígena na data constitucionalmente exigida”, relatou.

Outro ponto de atenção apontado na ação foi o impacto social e fundiário gerado pela medida. O governo afirma que a ampliação atinge diretamente centenas de produtores e famílias com títulos legítimos, Cadastros Ambientais Rurais (CAR) ativos e, em alguns casos, decisões judiciais reconhecendo sua ocupação regular.

“A ampliação promovida por decreto desestrutura a malha fundiária da região e instaura o caos jurídico, penalizando cidadãos que sempre atuaram conforme a lei”.

A PGE também criticou a ausência de diálogo com o Estado e o município de Brasnorte, que são diretamente afetados pelo decreto.

“Não houve qualquer consulta ou notificação formal aos entes federativos diretamente afetados, o que compromete a legitimidade do processo e afronta o pacto federativo”, pontuou.

De acordo com o governador Mauro Mendes, a ação não questiona os direitos dos povos indígenas, mas sim o desrespeito à legislação e às garantias fundamentais.

“Não aceitaremos que um decreto presidencial, editado de forma açodada e sem respaldo legal, prejudique quem produz e vive há décadas nessas regiões”, declarou.

Atualmente, Mato Grosso possui 73 terras indígenas demarcadas, que somam mais de 15 milhões de hectares, o equivalente a 16% de todo o território estadual.

“Defendemos o meio ambiente, respeitamos as comunidades indígenas, mas exigimos que tudo seja feito dentro da lei. A Constituição não pode ser ignorada para atender interesses ideológicos”, concluiu o governador.

Por Lucas Rodrigues | Secom/MT.