Desde 1955, toda Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil, ou seja, seu representante, é sempre o primeiro país a falar. Não há um regra quanto a isso! Mas trata-se de uma tradição em respeito á algumas participações importantes do Brasil na diplomacia mundial. Vamos explicar:
Tudo começa com o brasileiro Oswaldo Aranha. Gaúcho, da cidade de Alegrete -RS, graduado em Direito que, durante a parte do Governo de Getúlio Vargas, ocupou o cargo de Ministro das Relações Exteriores.
Aranha, atuou na entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, quando o nosso país declarou guerra contra a Alemanha em 22 de agosto de 1942, passando a atuar do lado dos Aliados. Na iminência do fim do conflito, Aranha teve papel relevante na articulação para a criação da ONU, que o Brasil e outros 50 países foram fundadores.
A primeira sessão da Assembleia Geral da ONU foi convocada em 10 de janeiro de 1946 e Oswaldo Aranha presidiu a sessão. Ele também esteve a frente da Segunda Sessão Ordinária, em que foram viabilizados os mecanismos da criação do Estado de Israel, com voto favorável do Brasil.
Além da atuação dele, o Brasil também desempenhou uma atuação significativa na diplomacia mundial e principalmente no contexto da Guerra Fria, ocupando a tribuna primeiro, evitando preferências entre União Soviética ou Estados Unidos.
Por fim, há ainda outra explicação, de relatos que apontam que o privilégio brasileiro também se deve ao fato de que o governo de Franklin Roosevelt, que liderou os Estados Unidos na Segunda Guerra, havia prometido ao Brasil uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, coisa que nunca aconteceu. O privilégio de falar primeiro, seria como uma compensação!
Por OPioneiro,com informações de OPovo.