O Ministério da Agricultura e Pecuária acaba de divulgar o aguardado ranking dos 100 municípios mais prósperos do agronegócio no Brasil, baseado em dados de produção agrícola. Essas localidades combinadas apresentaram um Valor Bruto da Produção (VBP) impressionante de R$ 288,14 bilhões no ano passado, representando cerca de 34,7% do total de R$ 830,09 bilhões registrados em todo o país.
Canarana, um município notável no cenário do agronegócio brasileiro, conquistou uma posição de destaque no ranking dos 100 municípios mais prósperos do setor. Com um Valor Bruto da Produção (VBP) de impressionantes R$ 3.888.207,00, a cidade assegurou a 18ª colocação na lista de líderes deste setor vital da economia nacional.
Dentre os 100 municípios em destaque, a Região Centro-Oeste se destaca, com 67 deles localizados nesse território. Mato Grosso lidera, com 40 municípios no ranking, seguido por Goiás com 14, Mato Grosso do Sul com 11, e um representante do Distrito Federal, Brasília. Os demais estão distribuídos entre Minas Gerais (11), Bahia (7), Pará (4), Paraná (3), Maranhão (2), Piauí (2), São Paulo (2), Pernambuco (1), Rio Grande do Sul (1) e Tocantins (1). Essas estatísticas são relativas ao ano completo de 2022 e foram recentemente publicadas.
É notável que dos 20 primeiros colocados, 14 pertencem ao Mato Grosso, sinalizando a expressiva contribuição deste estado para o setor. Três municípios são provenientes de Goiás, dois da Bahia e um do Mato Grosso do Sul. Este ranking se baseou na abrangente Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) conduzida pelo IBGE em 2022, que coletou dados sobre cultivos tanto permanentes quanto temporários em 5.563 municípios.
No topo dessa lista está Sorriso (MT), que registrou um impressionante VBP de R$ 11,48 bilhões no ano passado, correspondendo a 1,38% do total nacional e a notáveis 6,6% do valor produzido pelo Mato Grosso como um todo. Se fosse considerado um estado, este município ocuparia a 16ª posição no ranking nacional, superando Rondônia, Pernambuco e Ceará.
É fascinante observar que 98,6% do VBP de Sorriso provêm de três culturas principais: soja (50,6% ou R$ 5,81 bilhões), milho (36,9% ou R$ 4,23 bilhões) e algodão (11,1% ou R$ 1,27 bilhão). Em segundo lugar, surge Campo Novo do Parecis (MT), cujo VBP atingiu R$ 8,16 bilhões no último ano, sendo que 95,8% desse montante provieram do cultivo de soja, milho e algodão.
A terceira colocação é ocupada por Sapezal (MT), que alcançou um total de R$ 8,02 bilhões em VBP. Logo em seguida, temos Rio Verde (GO), com R$ 7,99 bilhões; São Desidério (BA), com um total de R$ 7,63 bilhões; Nova Ubiratã (MT), que somou R$ 6,83 bilhões; Nova Mutum (MT), com R$ 6,33 bilhões registrados; Jataí (GO), marcando presença com R$ 6,29 bilhões; Formosa do Rio Preto (BA), com um VBP de R$ 6,17 bilhões; e, na décima posição, Diamantino (MT), com R$ 5,83 bilhões.
No contexto estadual, o Mato Grosso lidera com uma produção avaliada em impressionantes R$ 174,8 bilhões no ano passado, correspondendo a 21,1% do total nacional. Em seguida, encontramos São Paulo (R$ 103,03 bilhões ou 12,4%) e Minas Gerais (R$ 87,3 bilhões ou 10,5%). Juntos, esses três estados representaram 44% do VBP brasileiro em 2022.
Completando as 10 primeiras colocações, temos, em sequência, Paraná (R$ 81,13 bilhões ou 10,1%), Goiás (R$ 77,11 bilhões ou 9,3%), Rio Grande do Sul (R$ 64,71 bilhões ou 7,8%), Mato Grosso do Sul (R$ 50,16 bilhões ou 6%), Bahia (R$ 42,26 bilhões ou 5,1%), Pará (R$ 24,38 bilhões ou 2,9%) e Santa Catarina (R$ 20,1 bilhões ou 2,4%). O panorama do agronegócio no Brasil revela a notável contribuição dessas regiões para a economia nacional em 2022.
Por Michel Fasolo.
