sexta-feira, 6 setembro, 2024
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Colheita de melancia começa em Canarana – Fruta atende mercados de todo o País

CANARANA – Em frente ao caminhão Mercedes LP321, da década de 60, na família a mais de 40 anos, Neorildo e Mateus Goldoni, pai e filho, carregam orgulhosos o símbolo do sucesso da safra de 2023: uma melancia de 25 kg. Colhida na primeira “panha”, a fruta graúda exemplifica o porque Canarana -MT é a capital estadual da melancia. E a colheita começou.

A propriedade da família, a Fazenda Recomeço, também é palco para a cultura da soja e gergelim, mas é a melancia que traz fama ao local. Neste ano, os Goldoni plantaram 36 hectares da fruta que, somados as áreas dos outros produtores do município, resultam em aproximadamente 120 hectares destinados ao cultivo em 2023.

O mercado consumidor da melancia de Canarana é amplo e a fruta que saí do solo canaranense é enviada para todo o país. Da fazenda Recomeço, por exemplo, saem caminhões para várias capitais brasileiras, e ainda, para várias cidades do Estado, como Sinop, Rondonópolis, Cáceres, Ponte Lacerda, Sorriso, São José dos Quatro Marcos, por exemplo.

A mão de obra para a colheita, que precisa ser especializada, é terceirizada, e uma força de trabalho se desloca de outra região do país para atender a propriedade nesta época. A colheita requer habilidade, não só pela força requerida para carregamento dos frutos, mas pelo conhecimento na seleção de qual fruta atende o critério do comprador.

O cultivo, que é irrigado, é dividido em talhões para facilitar a colheita. Os Goldoni, por exemplo, plantaram com uma diferença de sete dias entre cada talhão. Na colheita, ocorrem até quatro “panhas”, que são as vezes que o fruto é colhido. Na primeira panha, os frutos tem em média 14 kg. Ao final da colheita, cada hectare produz entre 45 a 50 toneladas de melancia.

Este ano, além da melancia convencional, foi testado o cultivo de uma variedade exótica, a Melancia Amarela Crioula, que possui casca amarela, um vermelho vivo interno e o gosto mais suave que o da convencional. Mesmo que a fruta atraia muitos curiosos, os Goldoni garantem que não irão alterar a variedade já consolidada, bem aceita pelo consumidor.

 

E assim, conforme a colheita avança, mais um ano o município desponta na produção da fruta e ainda, contribui para que a região do Vale Araguaia mato-grossense continue sendo a região que mais prospera no Centro Oeste brasileiro.

Por Lavousier Machry e Rafael Govari, para OPioneiro.

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