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Comércio de Canarana fecha as portas em apoio aos protestos contra a condução do processo eleitoral

CANARANA – A maioria do comércio de Canarana-MT está com as portas fechadas nesta segunda-feira, aderindo à greve nacional em apoio às manifestações que, como principais pautas, pedem respostas às suspeitas de manipulação nas urnas eletrônicas, protestam contra o que dizem ter havido uma parcialidade do judiciário durante o processo eleitoral, além de defender a liberdade de expressão diante das censuras de figuras da direita nas redes sociais.

Comércio de Canarana fecha as portas nesta segunda-feira (07); Foto – OP.

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Uma lista que circula nas redes sociais já tem o nome de quase 300 comércios de Canarana que não abriram as portas nesta manhã. O fechamento de empresas está ocorrendo em várias cidades brasileiras nesta segunda-feira (07). Na região, abrangendo os municípios de Canarana, Água Boa, Querência, Ribeirão Cascalheira e Gaúcha do Norte, são mais de mil comércios que fecharam as portas.

Conforme reportagem da Jovem Pan, a organização está sendo feita pelo Movimento Nacional Resistência Civil (MNRC), grupo que se diz composto por lideranças de movimentos civis e juristas. “O posicionamento do grupo não diz respeito somente sobre os resultados das eleições, mas sim sobre o restabelecimento da ordem, referente às injustiças da qual foi o processo eleitoral. Não estamos contestando as eleições somente, mas sim as violações constitucionais que ocorreram e estão ocorrendo”, afirma Léo Souza, coordenador do MNRC.

O movimento acontece na esteira dos protestos iniciados após a divulgação do resultado do pleito, no domingo, 30. Depois da vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), centenas de manifestantes bloquearam diversas rodovias pelo país. Em seguida, os atos foram direcionados a bases militares e quartéis em cidades de todo país.

Brasília também está tomada de manifestantes e caminhoneiros. De Canarana, várias moradores, de forma voluntária, se deslocaram até o Distrito Federal para participarem das manifestações. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes pedem “intervenção federal” por entenderem que o processo eleitoral não foi conduzido de maneira justa.

Já o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, classificou os protestos como antidemocráticos e prometeu apurar as responsabilidades. “Aqueles que, criminosamente, não estão aceitando os resultados e, criminosamente, estão praticando atos antidemocráticos serão tratados como criminosos, e as suas responsabilidades serão apuradas”, afirmou o ministro, ao final da sessão de julgamento desta quinta-feira (3/11).

Por Rafael Govari para OPioneiro com JovemPan.

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