Recentemente, devido um episódio que aconteceu com um jogador, acabou sendo revelado a presença da substância higenamine na graviola. Esta substância cria um efeito similar à adrenalina, provoca a vasodilatação e é proibida pela Agência Mundial Antidoping (WADA).
A higenamine é um composto químico que pode ser encontrado em diversas plantas e frutas, sendo um dos componentes utilizados em suplementos. Em maio de 2019, Daniel Guedes foi sorteado ao final de uma partida entre o Goiás e CSA (Centro Sportivo Alagoano), para fazer o teste antidoping. O teste deu positivo, entretanto, o jogador era inocente. Tudo que ele fez, foi tomar um suco de graviola antes do jogo. Suspenso, Daniel gastou aproximadamente R$ 300 mil reais para provar sua inocência.
Depois da hipótese da presença de higenamine na graviola, foi preciso aprofundar os estudos para concluir que o suco teria sido responsável pelo doping. Embora contenha semelhanças com a fruta do conde, que comprovadamente pode produzir a higenamine, a graviola não havia sido estudada. Sem apoio do Goiás, Daniel precisou contratar um bioquímico e conseguir voluntários com mesmo peso e idade que ele, para fazer os testes. O resultado foi esclarecedor, todos os voluntários que ingeriram a graviola, apresentaram resultado positivo para higenamine.
Em agosto de 2020, o jogador foi absolvido. Entretanto, por conta da pandemia, a WADA ainda não realizou o estudo oficial. Quando for realizado, se chegarem na mesma conclusão que Daniel, a agência terá que adaptar as regras para que isso não se repita.
Fonte: ESPN; e, Globo Esporte.
Por Vitória Kehl Araujo, do OPioneiro.