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Funai apoia capacitação técnica de etnoturismo para indígenas no Parque do Xingu

A Fundação Nacional do Índio (Funai) apoiou a participação de 20 indígenas do Parque Indígena do Xingu (MT) em dois cursos de capacitação promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT). Indígenas das etnias Ikpeng, Kayabi e Kamayurá realizaram o Curso de Planejamento para Implantação do Turismo Rural e o Curso de Oportunidades de Negócios e Economia Criativa no Turismo Rural na aldeia Ilha Grande, localizada no município de Querência (MT).

Promovidos em parceria com o Senar-MT e o Sindicato Rural de Canarana (MT), os cursos tiveram o apoio da Coordenação Regional Xingu (CR), unidade descentralizada da Funai em Canarana, no acompanhamento técnico e no transporte dos participantes. A iniciativa teve o intuito de preparar os indígenas para a atividade turística em suas aldeias, por meio da aquisição de conhecimento técnico que lhes permitirá não só definir planos de visitação que atendam aos requisitos da normal legal vigente, mas também buscar geração de renda e autonomia.

Foto: Divulgação.

O coordenador da CR Xingu, Gleiky Jhone da Silva Magalhães, afirma que iniciativas de capacitação temática são imprescindíveis para atender as demandas por conhecimento nas aldeias das Terras Indígenas Parque do Xingu, Terra Indígena Batovi, Pequizal do Naruvôtu e Wawi, áreas de jurisdição da unidade. “A atividade turística tem trazido grandes benefícios no âmbito da geração de renda, fortalecimento cultural e preservação do meio ambiente. Acredito que seja esse o caminho de um futuro de qualidade para essas comunidades indígenas”, pontua Magalhães.

Etnodesenvolvimento

Conforme esclarece o chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial (Segat/CR Xingu), André Luiz Schilling, a partir da publicação de uma instrução normativa no ano de 2015, a Funai abriu um horizonte de perspectivas para os indígenas empreenderem dentro de suas terras. “O envolvimento dos órgãos parceiros foi fundamental para darmos o primeiro passo com a realização desses cursos. E no futuro, avançarmos de maneira qualificada para atender as demandas de apoio técnico dos indígenas Xinguanos”, destaca Schilling.

 

Em 2017, a Funai havia aprovado o primeiro plano de visitação na região da Aldeia Naruvôtu, beneficiando as etnias Kalapalo e Naruvôtu. No ano seguinte houve a aprovação dos planos de visitação da aldeia Morena – etnia Kamayurá, da aldeia Ilha Grande – etnia Kayabi, e da aldeia Kamitatuwalo – etnia Waura. Em 2019 foram aprovados os planos em favor das aldeias Tehuhungu – etnia Kalapalo; e Ngahünga – etnia Matipu. Já em 2020 a fundação aprovou o plano de visitação da aldeia Afukuri – etnia Kuikuro. Em 2021 foi a vez da aldeia Tafununo – também da etnia Kuikuro – ter seu plano de visitação aprovado.

Kanawayuri Leandro Marcello Kamayurá, que conduziu a articulação dos órgãos parceiros para a realização dos cursos, disse que a recente capacitação na área de etnoturismo foi a primeira a ser realizada no Xingu. “Avalio a iniciativa como necessária para trazer qualificação profissionalizante para nós indígenas termos oportunidade de aprendizado técnico e desenvolvimento de atividades de geração de renda”, salienta o líder indígena.

Assessoria de Comunicação / Funai com informações da Coordenação Regional Xingu

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