A fachada do Hospital Municipal de Confresa Foto: Reprodução
CONFRESA – O Ministério Público recebeu uma denúncia no final do mês de agosto sobre o possível agenciamento de corpos no Hospital Municipal de Confresa.
Segundo apuração, consta na denúncia que funcionários do Hospital Municipal informavam à uma funerária sobre corpos em óbitos e pacientes que estavam em estado grave para que ela pudesse abordar de forma antecipada os familiares e assim conseguir com que fosse paga para realizar o procedimento funerário.
A fachada do Hospital Municipal de Confresa Foto: Reprodução
Na cidade de Confresa existem apenas duas funerárias, as quais funcionam em escalas de plantão fora do horário comercial. Quando informada antes à respeito do óbito, a primeira agência que falar com a família, de modo geral, consegue a autorização para a retirada e preparação do corpo para o velório. Nesse caso, a funerária denunciada conseguia antes da outra, mesmo quando não estava de plantão.
Os áudios foram obtidos com exclusividade pela reportagem. Em alguns deles, funcionários revelam que acidentes graves ocorreram, que pacientes estavam na sala vermelha com sério risco de morrer, sobre pessoas sendo reanimadas e familiares já “chorando” nas dependências do hospital.
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A funerária denunciada recebia essas informações privilegiadas e conseguia, até mesmo antes do paciente morrer, falar com a família de forma a convencê-la a realizar os trâmites de velório e sepultamento com a empresa.
Pelo menos cinco servidores dentre seguranças, enfermeiros e recepcionistas estariam envolvidos no esquema. Em troca das informações privilegiadas, os funcionários recebiam valores em dinheiro e até mesmo presentes.
Diversos áudios foram entregues ao Ministério Público e ao jurídico da Prefeitura Municipal de Confresa, a qual já instaurou uma sindicância para apurar a conduta dos servidores, que é considerada ilegal.
Em nota, a Prefeitura de Confresa afirmou que recebeu a denúncia, encaminhou para os mecanismo internos e já foi instaurado um Procedimento Administrativa Disciplinar (PAD), que deu início ás investigações. O município informou que não aceita esse tipo de ação delituosa e caso confirmada a denúncia, os servidores envolvidos serão punidos conforme a legislação vigente.
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