BARRA DO GARÇAS – Tomando os cuidados necessários, um grupo de jovens está levando louvor e oração para a casa de idosos na cidade de Barra do Garças (a 520 quilômetros de Cuiabá), no interior do Mato Grosso.
Um deles é Rômulo Alves Luz, 60 anos, que foi surpreendido com a visita dos jovens neste mês de junho. Ele tem cumprido o isolamento social desde o início da pandemia do novo coronavírus, e estava mais reflexivo.
“Algumas horas antes, uma das nossas jovens recebeu uma mensagem de uma amiga falando de um senhor que gostaria de receber visita. Pegamos o contato, ligamos e marcamos para ir”, conta Elias Gonçalves, líder do Ministério Jovem ao site Notícias Adventistas.
Enquanto os jovens cantavam e liam a Bíblia, Rômulo chorava muito. O idoso revelou que, naquele dia, ele estava jejuando e fez um pedido a Deus: que alguém da igreja a qual ele e seus filhos já haviam pertencido fosse visitá-lo.
“Depois que fomos embora, o pastor João Gusmão continuou conversando com ele, que demonstrou o desejo de ser batizado novamente. Ficamos muito gratos de ver como Deus dirige tudo e nos levou a visitar o Rômulo no sábado”, declara Gonçalves.
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Além de Rômulo, os jovens visitaram outras sete famílias e pretendem continuar com a ação, levando a palavra de Deus e fazendo oração. “Nós usamos máscara, não entramos nas casas, fazemos visitas breves e procuramos ficar distantes, principalmente dos idosos”, explica Gonçalves.
Iniciativas como esta podem minimizar os impactos do “desequilíbrio emocional” que o isolamento social causa, especialmente em idosos, de acordo com a psicóloga Emilly Dayane Campos Costa.
“Ações como a desses jovens podem estimular a produção de pensamentos positivos, atenuar a carência afetiva, aumentar a autoestima e resgatar o senso de valor e pertencimento, tão essenciais para a qualidade de vida e bem estar dos idosos”, explica Costa.
Segundo a psicóloga, dizer palavras de carinho, ter conversas de qualidade e atos de serviço são outras formas de oferecer ajuda e suporte emocional para os idosos durante a pandemia. “Use e abuse das ligações, faça as compras, envie uma carta ou escreva até mesmo um bilhetinho, desde que o faça com o merecido cuidado e higienização”, sugere Costa.
“Fique atento: se um idoso relatar dificuldade constante de comer e dormir, dor física e problemas de memória, procure ou recomende a ajuda de um profissional. Lembre-se: ao cuidar do outro estamos cuidando de todos nós”, reforça a psicóloga.
Por Dayane do Nascimento/Notícias Adventistas; Via Semana7