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Procuradores da República fazem vídeo pedindo à indígenas de MT que fiquem nas aldeias

CUIABÁ – Com a frase “Fique em Casa” falada em 14 línguas indígenas, além do português, procuradores da República fizeram um vídeo pedindo para que a população indígena de Mato Grosso permaneça nas aldeias durante a pandemia da COVID-19. Devido aos casos confirmados de coronavírus nos municípios próximos às aldeias, 20 terras indígenas já estão em estado de alerta.

O vídeo tem início com o procurador da República e titular do Ofício de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (MPF), Ricardo Pael, falando sobre a importância de se fazer o isolamento social, não apenas para não ser infectado pelo vírus, mas para também não transmitir, caso seja portador da doença. Pael ressalta que o MPF continua trabalhando na defesa dos direitos dos cidadãos, principalmente em relação ao direito à saúde. “Mas para que este trabalho dê certo, precisamos da ajuda de cada um. Precisamos que vocês sigam todas as orientações de prevenção e higiene e, principalmente, fique em casa. (…) Ficar em casa protege vocês e os demais”, ressaltou.

Mato Grosso tem registrados, atualmente, 134 casos de coronavírus em 17 municípios, sendo que alguns deles ou estão bem próximos de aldeias ou possuem terras indígenas em seus limites municipais. Com isso, um levantamento feito por um grupo de pesquisadores de Mato Grosso, e cedido ao Ministério Público Federal, aponta de 20 terras indígenas já estão em estado de alerta para a COVID-19. E como muitos indígenas vão até as cidades para fazer compras entre outras atividades, os procuradores decidiram fazer o apelo para que permaneçam o maior tempo possível nas aldeias.

Apesar da preocupação por parte do MPF, ainda não houve registro de casos de coronavírus em indígenas no estado. “A ideia é justamente não registrarmos, ou se houver, que seja em menor número possível”, enfatizou o procurador Ricardo Pael.

Conforme o senso do IBGE de 2010, Mato Grosso tem aproximadamente 42 mil indígenas de 45 etnias.

Assessoria de Comunicação; Foto – Arquivo JOP.