Como estamos e como ficaremos após tudo isso passar?
O mundo parece ter virado de cabeça pra baixo desde que o novo COVID-19 se alastrou e tomou formas de pandemia, abalando a saúde mental de homens, mulheres, crianças e idosos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) não existe uma definição oficial para o conceito de saúde mental. Na verdade, o termo está relacionado ao modo como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e a forma como equilibra e pondera suas ideias e emoções. E aqui está nosso “x” da questão, já que exigências, desafios e mudanças na vida é o que mais estamos vivendo na atualidade.
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Profissionais de saúde, sejam médicos ou psicólogos, têm alertado para estas questões. A saúde mental da humanidade está em perigo, tanto quanto o organismo físico quando atacado pelo vírus. Os conceitos apresentados acima, nos colocam em xeque com a realidade atual. A pandemia trouxe não só o ataque ao nosso sistema imunológico, mas abalou nossa rotina, trouxe exigências como mudanças de atitudes, frente ao trabalho, estudo e vida familiar e mudou nosso relacionamento com o meio, dizendo: “isole-se, fique em casa”. Diretamente à saúde mental, desdobramos as consequências destas exigências e mudanças e percebemos que não estamos conseguindo equilibrar e ponderar nossas ideias e emoções. Prova disso, é o aumento de ansiedade, depressão e estados de angústia intensas. E ainda, irritabilidade, raiva, medo, insegurança, estresse e solidão.
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E como ficaremos após tudo isso passar? Provavelmente levará tempo para nos recuperarmos e será necessário a busca por apoio e cuidado específico para as reações e sintomas manifestados. Os fatores que influenciam o impacto psicossocial estão relacionados a magnitude da epidemia e o grau de vulnerabilidade em que a pessoa se encontra no momento. É importante destacar que nem todo o sintoma apresentado se tornará uma doença mental e a maioria poderá ser classificado como uma reação frente aos desafios impostos. No entanto, é importante estarmos alertas e “escutarmos” nossas reações, nosso modo de reagir a tudo isto, para então buscar ajuda na hora certa.
Por Josiane de O. M. Pörsch.
Psicóloga – Universidade Mackenzie (São Paulo); Pós-Graduada em Psicologia Hospitalar – ICHC-FMUSP; Pós-Graduada em Educação Especial Inclusiva – UNOPAR; Pós-Graduada em Saúde da Família – Escola de Saúde Pública do Estado do MT; Pós-Graduada em Gestão Pública – IFMT
Coach de Emagrecimento – Profissão Coach Express e Health Coach International Institute.
Gostei Josi, muito bom, você escreve bem
Obrigada João Pedro!!! Grata!!!!