Em tempos de COVID-19, em que um vírus foi e tem sido capaz de transformar a vida do mundo inteiro, falar em outra pandemia pode ser assustador. O fato é que já vivemos esta pandeia há muito tempo, sem nos darmos conta, ou não queremos admitir.
A obesidade, pela definição da Organização Mundial da Saúde, é o excesso de gordura corporal determinando prejuízos à saúde. Segundo dados do Ministério da Saúde, aqui no Brasil, as taxas de obesidade quase triplicaram desde 1.975 e aumentaram quase cinco vezes entre crianças e adolescentes, afetando pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais. Além disso, a obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer.
O mais assustador é que segundo a OMS, um em cada oito adultos em todo o planeta é obeso, sendo que a projeção é de que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de indivíduos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões com obesidade. Já o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões. Se nada for feito, poderemos ter 427 mil crianças com pré-diabetes, 1 milhão com hipertensão arterial e 1,4 milhão com aumento do acúmulo de gordura no fígado.
As causas da obesidade são multifatoriais, podemos ter um fator genético, mas não predominante, sendo que a principal ainda é o excesso de alimentação e a falta e atividade física. Porém há também outros fatores que podem estar envolvidos e que tornam mais fácil o aumento de peso, como, os distúrbios hormonais, os problemas emocionais (aqui principalmente a depressão), a diminuição dos níveis de dopamina e, até mesmo, a infecção por um vírus específico.
Enfim, tão perigoso quanto a transmissão de qualquer doença por vírus, como essa que estamos enfrentando que é o COVID-19, a obesidade precisa ser tratada. É uma epidemia silenciosa e tão devastadora quanto qualquer outra, pois afeta não só aspetos físicos, mas a autoimagem, o social, o produtivo e o relacional de quem sofre deste problema. O melhor tratamento é o multidisciplinar, em que há a participação de médico, psicólogo, nutricionista e educador físico. Olhar o tripé, alimentação – atividade física – mente ainda é a melhor abordagem.
Psicóloga – Universidade Mackenzie (São Paulo)
Pós-Graduada em Psicologia Hospitalar – ICHC-FMUSP
Pós-Graduada em Educação Especial Inclusiva – UNOPAR
Pós-Graduada em Saúde da Família – Escola de Saúde Pública do Estado do MT
Pós-Graduada em Gestão Pública – IFMT
Pós-Graduanda em Psicologia e Coaching – Faculdades Metropolitanas
Coach de Emagrecimento pelo: Profissão Coach Express e Health Coach International Institute
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