CANARANA – Por volta das 9h00 de quinta-feira (11), quando um chuvisco caía sobre a cidade de Canarana-MT, o carteiro dos Correios, Manoel Messias Dutra Ramos, adentrava na redação do OPioneiro para entregar correspondências. Veio a pé, caminhando na chuva.
Questionado o porquê não utilizava um dos veículos dos Correios, como carro, moto ou mesmo bicicleta, a resposta evidencia o que já conhecemos sobre a ineficiência dos órgãos públicos e também das estatais: a velha burocracia.
Devido a pandemia, Manoel ficou mais de um ano afastado do trabalho. No retorno, em agosto último, voltou a fazer as entregas com uma moto. Porém, desde o início dessa semana veio o recado de que ele não poderia mais utilizar esse tipo de condução, pois a moto foi desabilitada para o uso na pandemia e o processo de autorização não foi refeito. Ou seja, a moto está lá e não pode ser usada.
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Se ele utilizar o veículo e, eventualmente, acontecer um acidente, poderia ser demitido, assim como seus superiores. Você, caro leitor, certamente concordaria que esse tipo de situação não aconteceria em uma empresa privada.
Enquanto isso, mesmo sem ter obrigação, ele faz as entregas a pé, na chuva ou no sol. Porém, devido a essa limitação, está atendendo somente a região central, que é onde fica a redação do OPioneiro. É mais um entre tantos problemas que fazem os Correios prestar um péssimo serviço à população, conseguindo ser a única empresa no Brasil sem concorrência e, que, mesmo assim, quebrou.
Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa dos Correios, que até o fechamento da reportagem não havia retornado com a resposta. Porém, fomos informados que o Correios se manifestará e, assim que recebermos a nota, a mesma será publicada.
Por OPioneiro.
O correios não tem concorrência em cartas. Já em encomenda que hoje são a maioria das entregas dos carteiros a concorrência é livre.