sexta-feira, 15 março, 2024
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Canarana sediou primeiro Festival Paralímpico brasileiro em uma aldeia indígena

CANARANA – A aldeia Tanguro, da etnia Xavante, interior de Canarana-MT, recebeu no último sábado (20), o primeiro Festival Paralímpico Loterias Caixa realizado em uma aldeia indígena. O evento, promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, aconteceu em 119 locais espalhados pelas 27 federações. Em Mato Grosso, a iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e, em Canarana, teve o apoio da Prefeitura Municipal.

Oficina de equitação durante o Festival Paralímpico realizado na Aldeia Tanguro em Canarana; Foto – OP.

É a segunda vez que Canarana é escolhida para sediar o festival. A cidade também acabou de receber um Centro de Referência Paralímpico e, como a comunidade Xavante do município tem sido receptiva na promoção de esportes de inclusão, Canarana foi escolhida para ser a primeira do Brasil a realizar o Festival Paralímpico em uma aldeia.

O objetivo da iniciativa é promover práticas de maneira recreativa, voltadas para crianças e jovens, com ou sem deficiência, propiciando inclusão social por meio do esporte. Em Canarana, os xavantes participaram das oficinas de vôlei sentado, arremesso de peso, equitação, corrida às cegas e basquete em cadeira de rodas.

Apresentações culturais durante o Festival Paralímpico; Foto – OP.

O prefeito de Canarana, Fábio Faria, disse que era dia de agradecer. “Obrigado governador Mauro Mendes e primeira dama Virgínia Mendes por acreditarem em Canarana para realizar o primeiro festival em uma aldeia. Lembrando que temos outro projeto inédito no Brasil, na produção de alimentos para os indígenas, que é o Quintais Produtivos. Seja na inclusão, no esporte, na produção de alimentos, os xavantes podem contar conosco e, com certeza, também com o Governo do Estado”, falou.

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Para o presidente da Câmara Municipal, vereador Rafael Govari, o trabalho de inclusão desenvolvido no município através do esporte, tem mudado o olhar para a causa. “Por exemplo, já mandamos fazer um projeto para instalar um elevador que dará acesso ao segundo piso da Câmara Municipal. Hoje um cadeirante não tem acessibilidade ao segundo piso. O prefeito disse que fará o mesmo no prédio da Prefeitura. Isso é consequência dessas inciativas, provocando em nós uma sensibilidade para a causa”, relatou.

Entrega de cadeiras de rodas

Um dia antes, na sexta-feira (19), profissionais do Cridac (Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa) de Cuiabá, ligado ao Governo do Estado, estiveram em Canarana, onde entregaram 11 cadeiras de rodas especiais para pessoas deficientes. Duas delas eram indígenas xavantes. Cada cadeira chega a custar até oito mil reais. Antes do envio é feito uma medição e a cadeira vem específica para cada pessoa.

Entrega de cadeira de rodas; Foto – OP.

Representando o Governo de Mato Grosso, a superintendente estadual da Pessoa com Deficiência, Taís de Paula, disse que a ordem do governador Mauro Mendes é que nenhum mato-grossense fique sem assistência. “Somos um estado rico e não podemos aceitar que uma pessoa fique anos esperando por uma cadeira adequada. Para nós [Taís é cadeirante], uma cadeira dessas não é luxo, é necessidade. E posso dizer que tanto o governador, quanto a primeira dama, possuem sim um olhar diferenciado para a nossa causa”, finalizou.

Por OPioneiro.

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