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‘Se pararmos de trabalhar, morreremos todos de fome’, diz governador de MT

CUIABÁ – O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou, em entrevista ao MT1 na terça-feira (24-03), que os servidores não podem parar de trabalhar porque os serviços precisam ser mantidos para amenizar a crise econômica prevista. A previsão é que a arrecadação diminua cerca de 30% em abril.

Ele afirmou que não tem como pagar salário se não entrar receita no estado.

“Por isso, estou dizendo aos servidores que precisamos continuar trabalhando. Diminuir para 6 horas, fazendo revezamento, mas se eu mandar todo mundo para casa quem é que vai rodar a folha de pagamento? Se eu mandar os fiscais da Fazenda, quem é vai cuidar da arrecadação do estado. Se pararmos de trabalhar, vamos morrer todo mundo de fome. O meu desejo é pagar todo mundo”, afirmou.

Perguntado se haverá alguma mudança na folha de pagamento, Mendes avaliou que a crise vai atingir muitos setores, entre eles o setor público.

“Está todo mundo em crise, e só nós não vamos ter crise? Claro que eu não gostaria que isso acontecesse, mas há uma possibilidade da arrecadação cair 20%, 30%, no próximo mês. Como é que nós vamos fazer se entrar 20%, 30%, a menos de dinheiro? Tomara que isso não aconteça, mas essa é a previsão”, disse.

Ele citou que a redução de carros em circulação nas ruas resulta na queda nas vendas de combustível. Com isso, cai a arrecadação do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços. “Se as indústrias param, se as empresas param, não consomem energia elétrica, então menos ICMS de energia elétrica. Há uma probabilidade de cair muito a nossa receita, então sem dinheiro como é que a gente paga?”.

Uma das medidas que poderiam ajudar o governo seria a liberação do dinheiro do Fundo de Auxílio de Fomento às Exportações (FEX), estimado em R$ 1 bilhão.

O FEX é um recurso que serve para compensar o que os estados deixam de arrecadar de ICMS por conta da Lei Kandir, que isenta os produtores rurais de pagarem imposto estadual sobre os produtos exportados.

Por G1 MT; Foto- Tchelo Figueiredo/Secom-MT.