A primeira vacina é justamente a história que nomeia o termo hoje amplamente usado. A Palavra vacina, vem do latim “vaccinus”, que significa “derivado da vaca”. Vamos explicar!
Durante séculos a varíola foi uma das doenças mais mortais do planeta. Trata-se de um vírus que ao infectar o hospedeiro, pode causar dores, febre, vômito, que depois evoluem para úlceras na boca e erupções cutâneas na pele. O risco de morte após contrair a doença era de cerca de 30%, e as sequelas mais comuns eram a extensa cicatrização da pele e cegueira.
No século XVIII, na Europa, estima-se que 400 mil pessoas morriam por ano por varíola. A Europa, também, era o local de moradia do médico inglês Edward Jenner. Jenner nasceu em maio de 1749, na Inglaterra, e dedicou cerca de 20 anos de sua vida aos estudos sobre varíola.
O médico observou pessoas que, ao ordenharem vacas, se contaminaram por uma doença chamada de cowpox. A doença assemelhava-se à varíola humana pela formação de pústulas (lesões com pus). Jenner percebeu que pessoas que se infectaram com coupox, não se contaminavam com a varíola.
Diante dessa observação, em 1796, Jenner inoculou o pus presente em uma lesão de uma ordenhadora de vacas, chamada Sarah Nelmes, que possuía a doença (cowpox), e aplicou em um garoto de oito anos de nome James Phipps. Phipps adquiriu a infecção de forma leve e, após dez dias, estava curado do cowpox.
Posteriormente, Jenner inoculou no garoto Phipps, o pus de uma pessoa com varíola, e o garoto nada sofreu, estava imune. O médico continuou sua experiência, repetindo o processo em mais pessoas e sua descoberta foi reconhecida e espalhou-se pelo mundo. Surgia aí a primeira vaccinus, primeira vacina do mundo, para imunizar contra varíola, derivada da vaca.
Por OPioneiro, com informações de Brasil Escola.