CANARANA – Uma das profissões que mais faltam profissionais é a de motorista, principalmente de caminhão. É só ir em um auto posto de combustível ao final de tarde durante uma safra, para perceber que a maioria dos caminhoneiros atualmente estão entrando ou já são idosos. Poucos jovens estão se interessando pela profissão.
O que não é o caso do jovem Matheus Henrique Siqueira da Silva, morador de Canarana-MT, 15 anos, que ainda não tem carteira de motorista e, portanto, não pode dirigir. Mas inspirado em seu avô, se ele não pode pilotar uma carreta, encontrou uma maneira muito interessante de se manter conectado ao seu sonho: se tornou fotógrafo automotivo, retratando, principalmente aos fins de tarde, caminhões que passam pela cidade.
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“Sou apaixonado por caminhão e como ainda não posso dirigir, gosto de ficar filmando e fotografando. Com esse hobby já fiz muitas amizades com diversos motoristas. Vou ficar fazendo isso até que eu tenha idade para dirigir e poder seguir a mesma profissão do meu avô Carlito”, conta o estudante, que atualmente cursa o ensino médio na Escola Paulo Freire.
Suas fotos são postadas em seu perfil no Instagram e no TikTok, onde já tem muitos seguidores. No começo ele usava um celular, migrou para uma câmera digital sem muita qualidade, até que ganhou uma Nikon p520, que produz excelentes imagens. Ele tira as fotos ao fim do dia. “Sempre no final da tarde, porque estudo no período da manhã. E quando estamos viajando aproveito cada minuto e oportunidade para filmar tudo que posso”, explica.
Além de veículos reais, Matheus Henrique também tira fotos de caminhões em miniaturas, que ele mesmo faz com a ajuda do seu amigo Fernando Pardini. Só um olhar muito atento para perceber que se trata de um brinquedo, numa miniatura muito bem construída.
Além de fazer filmagens e produzir miniaturas, o jovem conta, porém, que sua paixão por caminhões nasceu quando ele ainda era criança. “Aos 6 anos de idade eu participei de um concurso de desenho com o tema: O que eu quero ser quando crescer? Ganhei em primeiro lugar desenhando o caminhão do meu avô Carlito e disse que quando eu crescer quero ser caminhoneiro assim como ele”, contou.
Por Rafael Govari para OPioneiro.