A taxa de desocupação em Mato Grosso passou de 3,5%, no 4º trimestre de 2022, para 4,5%, no 1º trimestre de 2023, aponta a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada na sexta-feira (19), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo a PNAD Contínua, Mato Grosso (4,5%) está com a terceira menor taxa do país, atrás de Rondônia (3,2%) e Santa Catarina (3,8%). Os estados da Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%) tiveram as maiores taxas.
No primeiro trimestre de 2022, a taxa mato-grossense havia sido de 5,3%, o que representa uma variação, aumento no período, de 0,8 ponto percentual (p.p.).
No Brasil, a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2023 foi de 8,8%, alta de 0,9 ponto percentual em relação ao quarto trimestre de 2022 (7,9%) e queda de 2,3 pontos percentuais na comparação com o primeiro trimestre de 2022 (11,1%).
Em Mato Grosso, a população desocupada foi estimada em 83 mil pessoas de janeiro a março de 2023, um aumento de 19 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, ou seja, uma variação de 29%. Na comparação com janeiro a março de 2022, não houve variação estatisticamente significativa. O total de ocupados se manteve estável no estado nas duas comparações, com 1,7 milhão no primeiro trimestre de 2023.
A pesquisa estimou em 2,7 milhões a população em idade de trabalhar em Mato Grosso, em 62,6% o nível da ocupação e em 699 mil pessoas o total de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada. O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada foi estimado em 186 mil pessoas.
GANHOS – O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos em Mato Grosso caiu de R$ 3.189, no quarto trimestre de 2022, para R$ 3.095, no primeiro trimestre de 2023. No primeiro trimestre de 2022, porém, o valor era de R$ 2.795.
Por grupamentos de atividade do trabalho principal, o setor de transporte, armazenagem e correio foi o único que aumentou (33,3%) o número de ocupados em Mato Grosso no primeiro trimestre de 2023 na comparação com o primeiro trimestre de 2022: de 82 mil para 109 mil. Os outros setores tiveram estabilidade.
O contingente de desocupados ou subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (as pessoas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar mais horas e que estariam disponíveis) caiu de 146 mil pessoas, de janeiro a março de 2022, para 113 mil, no mesmo período deste ano, uma redução de 33 mil pessoas ou 22,5%.
A taxa de informalidade da população de 14 anos ou mais de idade foi de 35,7% em Mato Grosso, enquanto que a do Brasil foi de 39%.
Por Marianna Peres | Diário de Cuiabá.