O excesso de chuvas tem causado transtornos e paralisações nas atividades agrícolas em Mato Grosso, colocando em risco a produtividade da soja neste início de colheita da safra 2024/2025. Os produtores enfrentam desafios com a alta umidade do solo, dificultando a entrada das máquinas e aumentando os custos de operação.
A primeira área colhida pela equipe do gerente de produção no município de Campos de Julho teve uma produtividade média de 76 sacas por hectare. O excesso de chuvas, segundo ele, está comprometendo o andamento da colheita. O grande desafio, de acordo com o gerente, será o clima, especialmente agora, em janeiro e fevereiro, períodos críticos para a colheita. As máquinas precisam estar preparadas para trabalhar com alta performance e na hora certa, para evitar perdas na lavoura.
Em outras propriedades de soja, a umidade excessiva tem gerado dificuldades semelhantes. Naquelas áreas de sequeiro, a constante chuva tem impedido o rendimento esperado das máquinas, dificultando o trabalho de colheita. A situação exige agilidade, já que qualquer janela de sol precisa ser aproveitada ao máximo para evitar a perda de produção.
Nos municípios onde a produção é mais concentrada, como Sorriso, o problema também se repete. Lá, a colheita está sendo escalonada nas áreas irrigadas, com as máquinas funcionando apenas em períodos intercalados para evitar danos. A chuva constante tem feito com que as máquinas fiquem paradas por dias, gerando preocupação entre os produtores.
Além disso, a situação nas áreas de sequeiro, onde a concentração de produção é maior, também é preocupante. A falta de chuva até meados de outubro atrasou o plantio, mas, com o ritmo acelerado de semeadura depois disso, muitas áreas ficaram prontas para a colheita em um curto espaço de tempo. A preocupação com o risco de perdas devido à chuva intensa é crescente, já que a janela para a colheita é estreita e o clima tem dificultado o trabalho no campo.
Por Canal Rural.