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CURIOSIDADE DO DIA – Por que aviões não sobrevoam o Oceano Pacífico?

Se você já viajou da América do Sul para a Austrália, saiba que você pegou um dos poucos voos em que a humanidade se aventura a sobrevoar as águas do Oceano Pacífico. E ainda assim, eles não o fazem em linha reta, sempre buscando uma curvatura que aproxime o voo de porções de terra, como a Antártida. Mas, você tem alguma ideia do porquê de os aviões evitarem cruzar o maior oceano do planeta? Se você não sabe, chega mais que a gente te conta!

Foto: Reprodução

Sem porções de terra

A humanidade faz voos sobre os oceanos desde antes da segunda grande guerra. À medida em que os aviões foram evoluindo e ganharam a capacidade de se manter mais horas no ar, logo surgiram os voos transatlânticos que conectavam a Europa e os Estados Unidos.

No entanto, o oceano pacífico, que é o maior oceano da Terra, tanto em tamanho, quanto em profundidade, sempre significou um desafio e um temor para pilotos e companhias aéreas. Afinal, onde parar, se for preciso fazer um voo de emergência?

Foto: Reprodução

Se um motor falha, por exemplo, o avião pode seguir voo por algumas horas, até conseguir fazer um pouso de emergência. Esse tempo varia entre as aeronaves. Geralmente, eles conseguem se manter por 3 horas. No caso de aviões mais modernos, chegam a até 6 horas. Mesmo esse tempo, no meio do oceano pacífico, seria pouco para chegar a um aeroporto.

Mas, não só por falhas no motor é que os aviões são obrigados a fazer pousos de emergência. Na verdade, isso é até bem raro e os resultados mais comuns são odores estranhos e fortes na cabine ou falhas nos banheiros. Contudo, até uma pessoa passando mal de forma grave pode obrigar os pilotos a pousarem, para que ela receba atendimento médico.

Bom, então voar sobre a terra é muito mais seguro do que voar sobre a água? Sim! Mas as longas distâncias do oceano pacífico não são a única causa para que ele seja evitado a todo custo na aviação. Tem ainda outros motivos mais complexos.

Distância e sentido do voo

Um deles tem a ver com uma impressão errada que temos quando olhamos para um mapa em duas dimensões. Geralmente, somos levados a pensar que a distância mais curta para um voo entre, por exemplo, os Estados Unidos e a Rússia, seria uma linha reta entre os dois países, passando por cima da Europa. Mas a verdade é que esse é um caminho muito mais longo.

O modo mais fácil e rápido de percorrer essa distância seria traçando uma rota curva no mapa, afinal de contas, a terra é redonda. Ou você duvida?

Ademais, os motivos não param por aí. Voar sobre o oceano pacífico também pode ser mais lento, dependendo do sentido do trajeto. Isso porque a Terra gira do oeste para o leste, certo? Usando a perspectiva mais comum de se olhar para o mapa, isso quer dizer que ela gira da esquerda para a direita, com o Japão desaparecendo na noite antes da África e do Brasil.

Com isso, pode-se pensar que voar no sentido contrário, ou seja, do Japão para o Brasil, seria uma forma de ganhar tempo, né? Porém, não funciona bem assim. Na verdade, o voo se torna mais lento. Isso acontece por causa da gravidade, que exerce influência sobre o avião, mesmo que ele esteja no ar, afinal, ele ainda está na atmosfera.

Pra entender melhor, imagine que o avião subiu e ficou parado no ar. Ele vai continuar girando junto com a Terra, flutuando sobre um mesmo ponto, e não vai ficar parado vendo a Terra girar debaixo dele. É por isso que voar no mesmo sentido da rotação da Terra resulta em voos um pouco mais rápidos.

Aviões que se arriscam no Pacífico

Mesmo com todos esses reveses, não quer dizer que não existam voos sobre o oceano pacífico. Em 2016, por exemplo, a Air India alterou a rota do seu voo de Nova Delhi para São Francisco, nos Estados Unidos. O voo, que antes passava pelo Oceano Atlântico, agora passa pelo oceano pacífico.

Foto: Reprodução

Mas, a rota passa lá em cima, em uma curva que se aproxima do pólo norte, como eu comentei anteriormente. Essa mudança aproveita os ventos de altas altitudes na mesma direção do voo, e mesmo com um aumento de mil e 500 quilômetros na distância, o voo ficou cerca de 3 horas mais rápido.

Fonte: Fatos desconhecidos.

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