O caso da gestante Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, que está sendo mantida viva por aparelhos, após morte cerebral, é delicado devido o período de gestação, segundo o obstetra e ginecologista Pedro Luiz Silva, que atua na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, onde a paciente está há cerca de 1 mês.
Ao g1, o profissional explicou que a idade gestacional não permitia realizar o parto do bebê, caso fosse realizado, ele não sobreviveria. Os médicos estão lutando para que o bebê não nasça antes do período viável e assim, garantir a saúde da criança.
“Temos tentado ganhar alguns dias para que ele consiga sobreviver e diminuir a chance de ter alguma sequela devido à situação de nascer muito antes do tempo., para que tenha condições de chegar melhor na UTI”, explicou.
De acordo com o obstetra, a gestação está por volta da 26ª semana, o que é considerado um período adequado, no entanto, o bebê precisaria de todo o suporte da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo é que a criança dependa o mínimo possível da UTI e se desenvolva em boas condições de saúde.
Entenda o caso
No dia 20 de dezembro de 2024, Joyce passou mal em Jaciara, a 148 km da capital. Ela foi para o hospital do município e após desmaiar e o quadro piorar, foi internada.
A família agora busca uma forma de arrecadar dinheiro para enviar o corpo de Joyce para Tocantins, após o nascimento do bebê.
Em nota, a Santa Casa de Rondonópolis disse que não há previsão para o parto.