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Pandemia reduz faturamento de empresas de Canarana

CANARANA – Realidade enfrentada por comerciantes de todo o País, a diminuição no faturamento decorrente das medidas de contingenciamento contra o coronavírus, somado com a mudança de hábito da população, também está sendo sentida por comerciantes de Canarana-MT. De forma diferente para cada setor, de forma menos intensa que em grande centros urbanos, a pandemia já afetou os planejamentos dos comerciantes locais para 2020.

Em entrevista para O Pioneiro, Antônio Carlos (Toninho – Foto), gerente da filial da loja de vestuário Malhação Store em Canarana há 20 anos, conta que o impacto só não foi maior porque a empresa atua com cinco departamentos. “Como temos um mix maior de produtos, isso ajuda muito. Eu estou tentando me adaptar a situação. Sem a possibilidade de realização de eventos e festas, as pessoas estão comprando o mais necessário, às vezes, a peça com o preço mais em conta. Por exemplo, hoje com as pessoas mais em casa, estamos fortalecendo nossa linha de chinelos”, conta.

A Malhação Store possui lojas em quatro municípios do Vale do Araguaia. Toninho afirma que houve uma redução de 30% no número de vendas. “Com o início de maio, voltou a ter um movimento. O comércio já reagiu no mês de maio, em virtude também do Dia das Mães. Em compensação, temos dificuldade na entrega de produtos. Como os centros de distribuição das marcas são em São Paulo-SP e, como agora eles não estão trabalhando, estão parados, começamos a sentir falta desses produtos”, disse. 

A loja não precisou demitir nenhum dos 10 funcionários, por conta do programa do auxílio governamental. “Como houve a queda do movimento, encostamos por dois meses, pelo plano do governo, duas funcionárias, sem precisar demitir”. O auxílio termina no mês de junho e, se as vendas continuarem a melhorar, a tendência é que sejam reincorporadas no quadro de funcionários. “Se não existisse esse auxílio, teríamos que demitir funcionários”, complementa Toninho.

Na mesma cidade, mas de setor diferente, o empresário André Horbach, conta que o setor que atua não sofreu redução de faturamento. A Celeiro Materiais Para Construção, semelhante a várias outras empresas do ramo, percebeu que durante o período da pandemia, a população, parte em quarentena, aproveitou para realizar pequenas reformas ou obras planejadas. “Nossa região, por ter bastante agricultura, o dinheiro circula mais”, evidência André.

André salienta, todavia, que os investimentos a curto e médio prazo foram adiados. “Nós, por exemplo, íamos investir esse ano, em reformas, em um caminhão, em silos de cimento, mas tiramos o pé”, conta o empresário, acrescentando, porém, que se as empresas fossem proibidas de abrir as portas, sofreria com queda de faturamento. “Estamos trabalhando. Se tivéssemos parado, tínhamos tomado um prejuízo enorme”, finaliza. 

Por O Pioneiro.