CANARANA – O Município de Canarana-MT está entre os melhores municípios do Mato Grosso e do Brasil em gestão fiscal. É o que aponta o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que avalia desde 2013, todos os 5.239 municípios brasileiros. Os dados divulgados tem como base o ano de 2020.
O índice é composto por quatro indicadores: Autonomia, que é a capacidade de financiar a estrutura administrativa; Gastos com Pessoal, que significa o grau de rigidez do orçamento; Liquidez, que trata do cumprimento das obrigações financeiras das prefeituras; e Investimentos, que é a capacidade de gerar bem-estar e competitividade.
O índice varia de 0,00 a 1,00 e quanto mais próximo de 1,00 melhor o IFGF. Canarana ficou com um índice de 0,85, seu melhor resultado na série histórica. Com isso, o Município ficou na 27ª colocação em Mato Grosso e em 330ª no Brasil, entre as prefeituras com melhor gestão fiscal. Quando iniciou a série, em 2013, o IFGF de Canarana era de 0,68.
O indicador de Autonomia da Prefeitura Municipal recebeu nota de 0,98, Gastos com Pessoal 0,75, Investimentos 1,00 e Liquidez 0,67. Com a média de 0,85 de índice, Canarana tem uma gestão fiscal considerada excelente, classificação dada para os município com nota acima de 0,80. Apenas 11,7% das cidades brasileiras registraram gestão de excelência.
Para comparação, conforme levantamento do OPioneiro, Canarana ficou à frente de municípios como Cáceres, Tangará da Serra, Barra do Garças, Campo Verde, Sorriso, Primavera do Leste, Querência, Alta Floresta, Cuiabá, Confresa e Nova Xavantina. Da região do Vale do Araguaia, está na terceira colocação, atrás de Água Boa que ficou em 10º com índice de 0,91 e de Vila Rica com 0,88.
A média geral em todo o país foi de 0,54 ponto. O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, explica que, entre as cidades avaliadas, 1.704 (32%) não são capazes de gerar localmente, recursos suficientes para arcar com os custos da Câmara de Vereadores e da estrutura administrativa da Prefeitura. “Além disso, 1.818 municípios (34%) gastam mais de 54% da receita com despesa de pessoal, 2.181 (41%) têm planejamento financeiro ineficiente e 2.672 (51%) investem, em média, apenas 4,6% do orçamento”, ressalta.
Para o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano, reformas do federalismo fiscal brasileiro são fundamentais. “O equilíbrio sustentável das contas públicas municipais é essencial para o bem-estar da população e a melhoria do ambiente de negócios. E isso só será possível com a concretização de reformas estruturais que incluam as cidades”, destaca.
Por Rafael Govari para OPioneiro.