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Em Mato Grosso, a cada 60 minutos, uma pessoa é vítima de golpe

Todo o cuidado é pouco em se tratando de compras pela internet, telefonemas recebidos para tratar do seu cartão bancário, da maneira como e onde usa seu cartão de crédito, de quem bate a sua porta anunciando produtos com preços aparentemente irrecusáveis.

Os estelionatários estão à solta, por toda parte, agindo virtual e presencialmente nas diversas modalidades de golpes. Neste ano, entre janeiro e junho, a Polícia registrou 4.305 denúncias de crimes de estelionato, conforme dados pela Superintendência do Observatório de Violência, órgão da Secretaria de Segurança(Sesp), disponibilizados atendendo a solicitação do jornal O Diário de Cuiabá.

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Foto: OPIoneiro.

Essa estatística é estadual, faz referência ao que ocorreu nos 141 municípios. Comparado ao número do mesmo período de 2019, com 3.727 queixas, chega-se a um aumento de 15,5%. E essas 4.305 denúncias quer dizer que mensalmente 717 mato-grossenses caíram em golpes. Ou, detalhando mais ainda, 24 ao dia e, se preferir, um a cada 60 minutos.

Em Cuiabá, a Polícia contabilizou 1.760 queixas de crime de estelionato no primeiro semestre, 422 a mais que o mesmo período de 2019, quando foram registradas 1.338 ocorrências. Já Várzea Grande registrou 393(2020) e 257(2019). Na análise do delegado da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), Eduardo Augusto de Paula Botelho, esse aumento se deve, em boa parte, ao golpes virtuais.

De acordo com Botelho, a pandemia fez mais pessoas passaram a fazer compras pela internet, o que também levou à migração dos estelionatários para os meios virtuais. “A maioria dos golpes sempre ocorreu presencialmente, em vias públicas, por meio da abordagem das vítimas, mas com a pandemia(da Covid 19) menos pessoas estão circulando nas ruas e mais comprando pela internet”, analisa o delegado. Isso, diz ele, levou mais estelionatários aos meios virtuais.

 

Mesmo considerando o número de queixas alto, o delegado Eduardo Botelho reconhece que há subnotificações. Ele está certo de que muitas vítimas deixam de registrar queixa quando algo que comprou pela internet não chegou a sua casa. “Elas desistem, simplesmente deixam pra lá porque avaliam que não vai valer a pena reclamar, se incomodar”, observa.

Eduardo Botelho alerta para a importância da queixa como meio para que a polícia possa apurar e adotar medidas quando, por exemplo, há recorrência de golpes com as mesmas características ou por meio de um determinado site.

Aos consumidores, Eduardo Botelho sugere comportamento cauteloso, mais precaução sobre seus dados pessoais. “Banco não vai até a residência do correntista e não manda funcionários buscar cartão, muito menos pede senha aleatoriamente”, alerta.

No caso das compras em sites coletivos, o delegado aconselha optar por aqueles mais tradicionais e conhecidos do público. E, em toda e qualquer negociação via internet, buscar a opinião de compradores que já adquiriram ou postaram suas avaliações.

Fonte e matéria completa: O Diário de Cuiabá.

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